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 | 04/05/2005 10h47min

Lula promete buscar solução para arrozeiros

Produtores gaúchos ameaçam demitir trabalhadores rurais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá convocar os governadores dos Estados produtores de arroz para buscar uma solução em relação ao preço do produto. A afirmação foi feita nesta terça, dia 3, durante visita em Brasília da comitiva da Fenadoce, festa que acontece em Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Segundo o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP), que participou do encontro, Lula disse que as medidas devem ser tomadas em conjunto com os governadores – em especial do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e de Mato Grosso, Blairo Maggi. Os arrozeiros e a bancada ruralista pressionam pela garantia de preço mínimo de R$ 27 e pela retirada de 1,5 milhão de toneladas do produto do mercado interno.

Um levantamento da Associação de Produtores Rurais da Região de Bagé aponta que cerca de 300 trabalhadores rurais podem ser demitidos até o final da semana devido à queda acentuada no preço da saca de arroz. Segundo o presidente da entidade, Ricardo Zago, seriam atingidos 20% dos 1,5 mil trabalhadores de Bagé, Hulha Negra, Candiota e Aceguá.

O dirigente explica que os dados foram fornecidos nesta semana pelos 190 associados. A saca de 50 quilos de arroz chegou a R$ 18, valor inferior ao apontado pelos arrozeiros como custo mínimo de produção, que é de R$ 30. Segundo Zago, a concorrência do produto importado da Argentina e do Uruguai seria o principal responsável pelas demissões.

– Não escapa ninguém, se a situação continuar assim – desabafa.

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Bagé, Milton Domingues Brasil, porém, não confirma a projeção. Segundo ele, até esta terça a entidade não havia registrado aumento do número de rescisões.

Em Itaqui o acampamento montado por mais de cem produtores no acesso à BR-472 completa uma semana nesta quarta. Alguns produtores de trigo integram o bloqueio, a exemplo do que ocorreu em Aceguá. Eles protestam contra a entrada do trigo argentino no país. Segundo o movimento, 18 caminhões estariam aguardando no município argentino de Alvear o fim do protesto no Estado. O delegado da Receita Federal de Uruguaiana, Josemar Dalsochio, informou que nenhum caminhão de arroz passou pela Inspetoria nesta terça ou está retido no pátio da Receita Federal.

As informações são de Zero Hora.

 
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