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 | 07/04/2005 09h49min

Vaticano divulga que Papa pensou em renunciar em 2000

Pontífice pensou em ser enterrado na Polônia

Após a reunião dos cardeais desta quinta, dia 7, o Vaticano divulgou trechos do testamento espiritual do papa João Paulo II. No documento de 15 páginas, o Pontífice expressou intenção de renunciar em 2000, ano do Jubileu da Igreja Católica.

– Eu espero que Ele (Deus) me ajude a entender até que momento eu devo continuar neste serviço ao qual ele me chamou em 16 de outubro de 1978 – disse ele no testamento, em referência à data em que foi eleito Pontífice.           

O Papa acreditava com firmeza que sua missão era liderar a Igreja para a entrada no novo milênio. Naquela época a saúde do papa havia piorado sensivelmente e o mal de Parkinson estava se tornando um fardo pesado.

As anotações em polonês começaram a ser feitas em 1979, um ano depois de sua eleição. Com a frase "Despertem, porque não sabem em que dia o nosso senhor virá", o Papa abre o seu testamento.

Em outra parte escrita em 1982, o Papa admitiu que foi salvo por milagre do atentado na Praça de São Pedro, ocorrido em 1981. Naquela época, quando esteve próximo da morte, cogitou a possibilidade de ser enterrado na Polônia. Nessa parte ele diz que queria que o Colégio de Cardeais da Igreja Católica "satisfizessem ao máximo possível" os desejos do cardeal de Cracóvia e de toda a conferência dos bispos da Polônia. Dois anos depois, João Paulo II especifica em outra colocação que o Colégio de Cardeais não estava mais obrigado a pedir aos bispos poloneses sua opinião sobre seu funeral. O Papa deixou registrado ainda que desejava ser sepultado em terra e não em um sarcófago.

Além disso, o Pontífice pediu que os seus documentos e pertences sejam queimados. O testamento indica ainda que João Paulo II não deixou nenhum bem material.

No documento, menciona somente duas pessoas: seu secretário privado e o rabino principal de Roma, que o recebeu na sinagoga de Roma em 1986. O Pontífice não esqueceu de agradecer àqueles que o apoiaram em seu pontificado.

A expectativa em torno da revelação do "cardeal in pectore" no testamento foi frustrada. O nome não é citado no documento espiritual deixado pelo Papa. Portanto, permancerá desconhecido para sempre o religioso escolhido por João Paulo II. A expressão latina é empregada nos casos em que o papa faz cardeal a alguém cujo nome guarda em segredo. Esse mecanismo é usado para nomeação de um religioso que atua em um país onde os católicos são oprimidos.

O Papa deixou de fazer registros em seu testamento espiritual em 2000.

Com informações da Globo News e agência Reuters.

 
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