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 | 06/02/2005 18h52min

EUA dizem não acreditar em regime islâmico no Iraque

Resultado parcial indica vitória da maioria xiita

Autoridades do primeiro escalão do governo norte-americano disseram neste domingo, 6, que não acreditam que um governo islâmico ao estilo do que há no Irã assuma o poder no Iraque. Os resultados parciais das eleições da semana passada indicam uma grande vitória da maioria xiita iraquiana.

– Os xiitas no Iraque são iraquianos, não são iranianos. A idéia de que que eles vão desembocar em um governo como o do Irã, em que um punhado de aiatolás controlam o país, eu acho que é improvável, afirmou o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, durante entrevista para a rede de TV NBC

Ele disse que o Iraque, como outros países muçulmanos, vão encontrar uma maneira de incluir princípios islâmicos em uma nova Constituição, a ser escrita depois de conhecidos os resultados das eleições da semana passada, sem que a religião domine o governo.

Os votos no Iraque ainda estão sendo contados, mas parece que os candidatos xiitas, incluindo líderes religiosos com ligações com a maioria xiita iraniana, devem controlar o novo governo.

Os Estados Unidos têm alertado o Irã para não interferir na política iraquiana. Autoridades norte-americanas disseram ser exageradas as preocupações de que um governo anti-EUA, ao estilo do regime islâmico iraniano, possa vir a tomar o poder no Iraque. 

– Eu acho que os iraquianos têm visto os iranianos criarem uma teocracia, que é um fracasso do ponto de vista dos direitos individuais, afirmou o vice-presidente Dick Cheney, em uma entrevista ao canal Fox News.

Cheney afirmou que os líderes xiitas querem a participação da minoria sunita, a qual pertencia Saddam Hussein, no proceso político, mas rejeitam o pedido sunita para que se estabeleça um prazo para a saída das tropas dos Estados Unidos do Iraque.

Enquanto isso, representantes do Partido Democrata reivindicam que o presidente George W. Bush desenvolva uma estratégia para a retirada do Iraque. Segundo eles, o presidente deve exibir seus planos para derrotar a insurgência e obter maior cooperação internacional, por exemplo. No entanto, Rumsfeld afirmou que muitos fatores que influenciariam uma retirada ainda são desconhecidos.

As informações são da agência Reuters.

 
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