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Comissão do 11/9 afasta ligação entre Iraque e Al-Qaeda

Relatório contraria informações do governo Bush para justificar guerra

A comissão que investiga os ataques de 11 de setembro de 2001 afirmou nesta quarta, dia 16, que não encontrou nenhuma prova de que o Iraque tenha ajudado a Al-Qaeda nos atentados contra Nova York e Washington, contrariando afirmações do governo Bush para justificar a guerra ao país árabe.

O relatório da comissão diz que o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, chegou a se reunir com uma importante autoridade da inteligência iraquiana em 1994 para analisar a possibilidade de cooperação, mas aparentemente os planos nunca se concretizaram.

Esta semana, o presidente George W. Bush e o vice-presidente Dick Cheney reiteraram seus argumentos para justificar a guerra contra o Iraque, afirmando que a conexão entre os iraquianos e a Al-Qaeda representava uma ameaça inaceitável para os EUA.

– Não há nenhuma evidência convincente de que qualquer governo tenha apoiado financeiramente a Al-Qaeda antes de 11 de setembro - tirando o apoio limitado fornecido pelo Talibã quando Bin Laden chegou ao Afeganistão – afirmou o relatório da comissão.

O documento foi divulgado no início dos dois últimos dias de audiências públicas sobre os ataques, que mataram quase 3 mil pessoas. A comissão foi formada para analisar as falhas dos EUA na prevenção dos ataques e estudar o que pode ser feito para evitar novas ocorrências.

O relatório bate de frente com as declarações de Dick Cheney, que disse no início da semana que Saddam Hussein tinha "ligações estabelecidas há tempos" com a Al-Qaeda. Na terça, Bush saiu em defesa de Cheney e citou a presença no Iraque do militante islâmico Abu Musab al-Zarqawi como a "maior evidência de uma conexão aos afiliados da Al-Qaeda e à Al-Qaeda".

Bush disse também que Saddam apoiava militantes como o líder palestino Abu Nidal.

Embora Cheney e outras autoridades tenham insinuado uma possível colaboração do Iraque nos ataques de 11 de setembro, Bush reconheceu depois da guerra que não havia evidências de tal cooperação.

O jornal The New York Times afirmou que um relatório preliminar da comissão descreve uma grande confusão no Pentágono no dia dos ataques. O texto afirma, segundo o jornal, que os procedimentos do Pentágono foram "inadequados sob todos os aspectos", e que autoridades despreparadas reagiram aos ataques com uma "tentativa apressada de criar uma defesa improvisada".

Num relatório intitulado Perfil do Inimigo, a comissão afirmou também que a Al-Qaeda mudou drasticamente desde os ataques de 11 de setembro, descentralizando-se, mas que ainda ajudava redes locais e que iria continuar tentando atacar os EUA para provocar mortes em massa.

– A Al-Qaeda continua extremamente interessada em conduzir ataques químicos, radiológicos, biológicos ou nucleares – disse o relatório.

Segundo a comissão, o antraz é uma das ameaças mais imediatas. A Al-Qaeda também pode tentar usar substâncias químicas industriais, ou ainda atacar uma indústria química ou um carregamento de materiais tóxicos.

As informações são da agência Reuters.

 
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