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Lula diz que a pobreza é a pior arma de destruição em massa

Presidente afirmou que é responsabilidade sua alertar países ricos para a fome

Os líderes do Brasil e da China usaram seus discursos nesta quarta, dia 26, para criticar as barreiras comerciais erguidas pelos países mais ricos do mundo e pediram a esses governos que combatessem a pobreza, "a pior de todas as armas de destruição em massa", conforme o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em uma conferência realizada pelo Banco Mundial o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, reuniu-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para atacar os países desenvolvidos na questão do protecionismo comercial. Wen também disse que esses países deveriam ajudar a aliviar o peso das dívidas externas sobre as nações em desenvolvimento e que deveriam acelerar a transferência de tecnologia.

– Não podemos permitir que as vacas em alguns países desenvolvidos recebam US$ 9 de subsídio todos os dias enquanto metade das pessoas no mundo deve sobreviver com menos dinheiro que isso – disse Lula, antes de ser aplaudido.

Segundo o Banco Mundial, 80% da renda existente no mundo está nas mãos de 1 bilhão de habitantes, enquanto outros 20% da população do mundo, estimada em 6 bilhões, vivem com menos de US$ 1 por dia.

Lula ressaltou que o Brasil está implementando programas sociais para eliminar a fome, reduzir a pobreza e diminuir os índices de analfabetismo.

– Quando assumi o poder, disse que, se ao final de meu mandato todos os brasileiros conseguissem comer ao menos três refeições por dia, teria valido a pena ser presidente – afirmou.

Lula pediu mudanças na atitude de combate à miséria por meio de um novo modelo de desenvolvimento, que faria da pobreza uma questão tanto política quanto social nos esforços para cumprir as Metas de Desenvolvimento do Milênio, fixadas em 2000, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Uma dessas metas é diminuir pela metade até 2015 a quantidade de pessoas que vivem em estado de extrema miséria no mundo.

O presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, disse que a China havia sido escolhida para receber a conferência sobre a pobreza por causa de seu sucesso na elevação do padrão de vida de cerca de 400 milhões de pessoas, antes vivendo na pobreza. Segundo Wolfensohn, a política de longo prazo adotada pela China para enfrentar o problema, bem como outras questões econômicas, serviam de modelo para outros países.

Após a conferência do Bird Lula disse, em entrevista coletiva, que "tem a obrigação de falar sobre o combate à fome" no mundo.

– Quem tem a obrigação de colocar esse tema na ordem do dia são os países mais pobres. Eu tenho que me preocupar com isso... Tenho que aproveitar meu mandato para falar da fome – disse Lula, acrescentando que, caso contrário, o assunto não será tratado pelos países ricos.

Com informações da agência Reuters.

 
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