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Anistia condena Grã-Bretanha por morte de civis no Iraque

A Anistia Internacional acusou nesta segunda, dia 11, o governo britânico de violar o estado de direito no Iraque ao não investigar adequadamente a morte de civis, supostamente cometida de forma ilegal por soldados da Grã-Bretanha.

Em um relatório divulgado em meio ao escândalo que envolve a tortura de prisioneiros iraquianos por militares norte-americanos e britânicos, a Anistia disse que os soldados da Grã-Bretanha violaram os padrões internacionais de direitos humanos ao matar civis que aparentemente não representavam uma ameaça.

– A resposta do Exército britânico aos supostos assassinatos ilegais de civis prejudicou, em vez de manter, o estado de direito – disse o relatório. – (As autoridades) falharam na condução das investigações sobre todas as mortes de civis, e as investigações que foram levadas a cabo não garantiram que a justiça tenha sido feita aos olhos das famílias das vítimas.

A Anistia destacou nove casos de mortes nas regiões de Basra e Amara, no sul. Entre esses casos está o de uma menina de oito anos e de um homem, pai de nove filhos, que durante 35 anos trabalhou como segurança em uma escola feminina.

O texto diz que as investigações, quando ocorreram, estavam envoltas em sigilo, e que as famílias das vítimas não foram corretamente orientadas sobre como pedir indenizações.

– Todos os governos são obrigados a tomar medidas para garantir o direito à vida – disse a Anistia. – No caso dos assassinatos suspeitos, um governo deve lançar uma investigação completa, competente, independente e imparcial, para trazer à Justiça pessoas que são razoavelmente suspeitas de responsabilidade.

Advogados que trabalham para 12 famílias iraquianas que dizem ter tido parentes assassinados por militares britânicos levaram na semana passada o caso à Suprema Corte da Grã-Bretanha.

Essa ação e o relatório da Anistia aumentam a pressão sobre o governo do primeiro-ministro Tony Blair, já criticado pela forma como seus soldados tratam civis e prisioneiros no Iraque.

Treze meses após a queda de Saddam Hussein, Washington e Londres tentam reduzir o impacto do escândalo representado pela publicação de fotos em que prisioneiros são submetidos a humilhações e maus tratos.

Na semana passada, o jornal britânico Daily Mirror divulgou imagens em que um soldado parece urinar sobre um prisioneiro e agredi-lo. A autenticidade das fotos foi questionada, mas o jornal desde então publicou declarações de um soldado que disse ter testemunhado as selvagens agressões contra os iraquianos.

O caso foi agravado pela revelação de que em outubro a Cruz Vermelha teria alertado Washington e Londres sobre as torturas. Também a Anistia Internacional disse ter feito um alerta, em maio de 2003, sobre abusos e assassinatos de prisioneiros sob custódia britânica.

As informações são da agência Reuters.

 
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