A Frente de Libertação da Palestina (FLP) afirmou nesta segunda, dia 10, que a morte de Mohammed Abbas, que estava sob custódia dos Estados Unidos no Iraque, deveria ser investigada pela Cruz Vermelha após as informações de abuso contra presos no país. Ele planejou em 1985 o seqüestro do navio italiano Achille Lauro, no qual um judeu norte-americano de 69 anos foi morto e lançado ao mar.

Oficiais dos EUA afirmaram que Abbas, de 56 anos e ex-líder da FLP, morreu de ataque cardíaco no dia 9 de março.

O porta-voz da FLP, Wasel Abu Yousef, disse que as revelações sobre abuso contra prisioneiros na prisão Abu Ghraib, em Bagdá, onde Abbas esteve detido, reforçavam as dúvidas sobre as causas da morte dele.

– Temos agora motivos mais fortes para acreditar que o mártir (Mohammed) Abu Abbas foi torturado. Pedimos ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha para investigar sua morte – afirmou.

Segundo ele, a organização prometeu responder logo ao pedido. Abbas passou a maior parte dos últimos 17 anos no Iraque e renunciou à violência quando os palestinos assinaram acordos interinos com Israel em 1993.

As informações são da agência Reuters.