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Blair e Bush defendem plano de Sharon como uma oportunidade

Proposta israelense prevê manter alguns assentamentos na Cisjordânia

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pediram nesta sexta, dia 16, aos palestinos e a seus simpatizantes que encarem o plano do governo israelense para a Cisjordânia como uma oportunidade para a criação de um Estado palestino.

Reunindo-se em Washington em meio a uma nova onda de violência no Iraque, quase um ano depois de Bush declarar o fim da fase de combates, os dois aliados da guerra reafirmaram sua promessa de continuarem unidos no Iraque e cumprirem a meta de entregar o poder a um governo iraquiano interino em 30 de junho.

– Continuamos firmes – disse Blair. – Vamos fazer o que for preciso para vencer esta luta. Não vamos recuar diante dos ataques, seja contra nós ou contra civis indefesos. Ele acrescentou, porém, que "nunca (achamos que) seria fácil, e não está sendo agora.

A proposta de Sharon de abandonar os assentamentos judaicos na Faixa de Gaza e reter alguns na Cisjordânia provocou a ira dos palestinos, que reivindicam ambos os territórios integralmente para a criação de seu Estado. O mundo árabe se opôs ao plano, e muitos na Europa demonstraram ceticismo.

Alterando décadas de política norte-americana a respeito, Bush apoiou o plano na quarta. Nesta sexta, em uma entrevista coletiva ao lado de Blair no ensolarado Jardim das Rosas, na Casa Branca, o presidente norte-americano disse que "damos as boas-vindas à proposta israelense de abandonar Gaza e partes da Cisjordânia".

– Este é um momento histórico – disse Bush. – E acho que as pessoas precisam vê-lo como tal e ajudar o Estado palestino a ser tornar realidade, um Estado palestino que possa viver em paz com seus vizinhos.

Os palestinos, tal qual Londres e Washington, sempre viram os assentamentos judaicos como um obstáculo à paz, com base em uma série de resoluções da ONU que pediam a Israel que os desativasse. O presidente egípcio, Hosni Mubarak, já disse que o plano pode levar a uma escalada da violência.

Blair discordou daqueles que consideram que o plano israelense se distancia da proposta de paz norte-americana, que prevê a criação do Estado palestino até 2005. Ele pediu ao chamado quarteto de mediadores – Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU – que discutam formas de apoiar política e economicamente a Autoridade Palestina. Uma reunião do grupo está marcada para 28 de abril em Berlim.

Blair disse que, se Israel levar sua proposta adiante, "o conceito de um Estado palestino viável se torna uma possibilidade real, não algo colocado em um documento, conversado e discutido em resoluções e discursos, mas uma possibilidade real e viva".

Aliados incondicionais na guerra do Iraque, tanto Bush quanto Blair sofrem politicamente com os problemas no país. Uma nova pesquisa da Universidade da Pensilvânia mostrou que 57 por cento dos norte-americanos acham que as tropas dos EUA devem permanecer no Iraque até que haja um governo estável, mas 58 por cento não vêem um plano claro para atingir o sucesso.

Os dois líderes se referiram a uma proposta da ONU para a criação de um governo interino no Iraque como um fato positivo. Bush foi criticado nesta semana por não revelar qual plano apóia para o Iraque uma vez que a soberania seja transferida, em 30 de junho.

A proposta da ONU foi preparada pelo representante da entidade no Iraque, Lakhdar Brahimi. Ele sugere dissolver o Conselho de Governo, nomeado pelos EUA, e nomear um governo interino até a realização de eleições, no começo de 2005.

Bush disse que Brahimi "identificou um caminho para ir adiante no sentido de estabelecer um governo interino que seja amplamente aceitável pelo povo iraquiano".

As informações são da agência Reuters.

 
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