Começaram na Ásia as manifestações contra a guerra que marcam o aniversário da invasão ao Iraque liderada pelos EUA. Em Tóquio (Japão), Seul (Coréia do Sul) e na Austrália, os manifestantes exigiram neste sábado, dia 20, que tropas sejam retiradas do país islâmico. Mais passeatas devem acontecer na Europa e nas Américas até o final do dia.

É esperada uma grande manifestação em Madri, ainda abalada pelo atentado que, para muitos, foi causado pela participação espanhola na guerra no Iraque. O líder socialista José Luis Rodriguez Zapatero, próximo primeiro-ministro espanhol, chamou a guerra e a ocupação de ''desastre'' e ``fiasco''.

Em Londres, dois manifestantes subiram na torre do Big Ben, no Parlamento, e desenrolaram uma faixa onde estava escrito ''Tempo da Verdade'', 100 metros acima da cidade.

– Queremos mandar uma mensagem clara para (o primeiro-ministro) Tony Blair de que nós e o povo britânico estamos cansados de meias-verdades e evasivas sobre o Iraque – afirmou Stephen Tindale, diretor-executivo do Greenpeace, que organizou o protesto.

Os organizadores esperam que cerca de 100 mil pessoas participem da passeada em Londres, pedindo "Chega de Guerra, Chega de Mentira". Mas, na Austrália, o número de manifestantes foi menor, cerca de 3 mil pessoas, bem abaixo dos 200 mil que saíram às ruas em Sydney há um ano.  A Austrália, uma forte aliada dos EUA, mandou 2 mil soldados para o Iraque e também enviou forças especiais para o Afeganistão. Cerca de 850 homens ainda estão no golfo.

Em Tóquio, milhares de pessoas com cartazes onde lia-se ''Fora EUA'' e ``Paz Mundial Agora'' enfrentaram a chuva fria durante uma passeata no centro da cidade. Parte dos manifestantes usava máscaras de caveiras. O Japão enviou 250 soldados para o sul do Iraque, em missão humanitária.

Em Seul, cerca de 1,5 mil pessoas, a maioria universitários, protestaram pacificamente antes da grande manifestação pedindo o impeachment do presidente sul-coreano.

As informações são da agência Reuters.