Após enfrentar o parcelamento do 13º salário, em dezembro do ano passado, o funcionalismo gaúcho enfrenta o parcelamento do salário de fevereiro. Com pelo menos quatro dias de atraso no pagamento dos servidores que ganham acima de R$ 1 mil, o governador Germano Rigotto espera agilizar em Brasília a liberação de créditos que o Estado tem com o governo federal. Rigotto viaja ainda nesta terça, dia 2, para a capital federal.

Entre os recursos estão os créditos previdenciários de servidores que contribuíram para o INSS e se aposentaram pelo Estado. No Ministério dos Transportes, o governo gaúcho vai atrás de investimentos que foram feitos pelo Estado na malha rodoviária federal. Faltam R$ 100 milhões para o governo gaúcho concluir a folha de fevereiro. Segundo o governo, se esses recursos não entrarem nos cofres estaduais, o Rio Grande do Sul só vai poder completar a folha no dia 23 de março. 

Na última quinta, dia 26, o ministro da Coordenação Política anunciou o pagamento de créditos previdenciários, mas até agora o dinheiro não chegou. Os 57 mil processos já foram encaminhados pelo IPE ao Ministério da Previdência. O governador disse na manhã desta terça que a situação vem se agravando e que ele pretende explicar todo o problema à bancada federal e para os ministros do governo Lula.

– A inflação, o caixa único, o endividamento e o esgotamento da venda de artigos fazem com que tenhamos dificuldades que em outros tempos não se teve – disse o governador.

Para solucionar o problema do déficit que o Estado tem por gastar mais do que arrecada e faltar dinheiro para contratar professores, Rigotto disse que é necessário resolver dois problemas: renegociar a dívida do Estado com a União, que compromete em alguns casos até 18% da receita e a perda de arrecadação que o Estado tem com a desoneração das exportações.

Com informações da Rádio Gaúcha.