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Diplomatas iniciam esforços de paz no Haiti e americanos fogem

Governo dos Estados Unidos aconselhou seus cidadãos a deixarem o país

Ao mesmo tempo em que missionários e membros de organizações humanitárias se apressavam para deixar o Haiti nesta sexta, dia 20, líderes da oposição se preparavam para o primeiro encontro com diplomatas norte-americanos e canadenses, entre outros, para negociar um meio de reduzir a tensão política e a violência no país.

Alguns líderes da oposição advertiram que não aceitariam nenhum plano de paz que não incluísse a renúncia do presidente Jean-Bertrand Aristide, numa indicação de que o impasse político deve continuar. O governo dos Estados Unidos aconselhou na quinta, dia 19, os cidadãos norte-americanos a deixarem o Haiti. Na sexta, o aeroporto da capital ficou lotado de missionários e integrantes de ONGs em busca de vôos para sair do país, sacudido por uma série de conflitos armados há duas semanas.

As tensões políticas haitianas atingiram o ápice quando um grupo armado tomou o controle da cidade de Gonaives. A revolta se espalhou para várias cidades no norte do país e no planalto central. Partidários do governo e a polícia resistem, e há execuções de supostos simpatizantes dos rebeldes. A situação política vinha se deteriorando desde 2000, quando as eleições parlamentares foram consideradas fraudulentas.

Aristide, o primeiro presidente democraticamente eleito depois de décadas de ditadura, foi reeleito naquele ano. Hoje ele enfrenta acusações de corrupção e violência política. A Plataforma Democrática, grupo que se opõe a Aristide, tinha encontros nesta sexta com diplomatas de EUA, Canadá, França, OEA (Organização dos Estados Americanos) e Comunidade Caribenha (Caricom) para preparar as bases das negociações com uma missão de paz no sábado.

A proposta da delegação internacional aparentemente se baseia num acordo recente intermediado pela Caricom, que pede a instituição de um conselho abrangente e de um novo primeiro-ministro, além do desarmamento dos grupos armados aliados ao partido de Aristide.

– Espero que eles não estejam voltando com a mesma posição. Vamos estar todos perdendo tempo – disse Charles Baker, um importante industrial que se opõe fortemente a Aristide. 

Os confrontos armados ainda não atingiram a capital, Porto Príncipe, mas à noite podem-se ouvir tiros na cidade, que se divide entre mansões e favelas. O Pentágono deve enviar uma equipe de assessores militares para checar a segurança em sua embaixada.

Com informações da agência Reuters.

 
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