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Chefe da CIA defende informações dos EUA sobre armas do Iraque

O diretor da CIA, George Tenet, negou nesta quinta, dia 5, que a agência de inteligência norte-americana tenha fabricado informações sobre armas de destruição em massa no Iraque com o objetivo de fornecer justificativas para a guerra.

– Ninguém nos falou o que dizer ou o que não dizer – afirmou.

Saindo em defesa da CIA, ele disse que os analistas discordam a respeito de vários pontos importantes dos programas de armas de Saddam Hussein, mas acrescentou:

– Eles nunca disseram que havia uma ameaça iminente.

No ano passado, o presidente George W. Bush se referiu várias vezes à "crescente'' ameaça iraquiana para justificar a guerra. Esse argumento ficou prejudicado pelo fato de não terem sido encontradas tais armas, o que provocou críticas à CIA. Os críticos mencionam também uma série de visitas feitas pelo vice-presidente Dick Cheney à sede da CIA, enquanto o governo reunia dados para invadir o Iraque. Essas visitas, segundo os críticos, podem ter influenciado os relatórios dos analistas.

Tenet disse que sua agência "pintou uma avaliação objetiva para nossos políticos a respeito de um brutal ditador que continuava seus esforços para enganar e criar programas que poderiam constantemente nos surpreender e ameaçar nossos interesses''.

Tenet disse que, em geral, os analistas da CIA acertaram "no alvo'' a respeito do programa iraquiano de mísseis. Por outro lado, ele admitiu que, no que diz respeito a materiais nucleares, ''podemos ter superestimado o progresso que Saddam estava fazendo''.

Quanto às armas químicas, Tenet disse que "provisoriamente'' considera que "Saddam tinha a intenção e a capacidade de rapidamente converter a indústria civil para a produção de armas químicas, embora ainda não tenhamos encontrado as armas que esperávamos''.

Ele afirmou ainda que aparentemente o Iraque tinha capacidade de retomar a produção de armas biológicas, mas "ainda temos de descobrir se realmente o fez.''

Falando de forma mais genérica sobre a busca pelas armas, Tenet disse:

– Pedi paciência enquanto continuamos aprendendo a verdade. Não estamos nem perto do fim do trabalho.'

Ele se mostrou cauteloso também com relação à investigação independente que Bush, apesar da relutância inicial, determinou sobre as informações anteriores à guerra. Tenet disse que não se pode coibir os analistas de fazerem julgamentos.

As especulações sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque voltaram a ganhar destaque recentemente, depois que o inspetor-chefe dos EUA, David Kay, se demitiu dizendo que tais armas não existem. Kay, que foi nomeado por Tenet, disse que os norte-americanos já encontraram provavelmente 85% do que havia para ser achado no Iraque. Tenet contestou essa estimativa com vigor.

– Não estamos nem perto de ter acabado 85 por cento. Os homens e mulheres que trabalham naquele perigoso ambiente estão cientes desse fato.

As informações são da agência Reuters.

 
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