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Especialista ataca motivos de Blair para guerra no Iraque

Artigo de ex-autoridade da inteligência afirma que governo britânico ignorou relatórios

Os esforços do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, para sufocar a polêmica em torno das armas de destruição em massa do Iraque sofreram um revés nesta quarta, dia 4, quando uma ex-autoridade dos serviços de inteligência jogou pelo ralo os argumentos do governo para detonar a guerra.

Um dia depois do dirigente ter anunciado uma investigação sobre as informações aparentemente erradas a respeito do Iraque, o especialista em armas Brian Jones disse que o governo havia passado por cima de analistas da área de defesa para apresentar, antes da guerra, um dossiê "enganoso" sobre o país.

Os comentários feitos por Jones, ex-especialista do Ministério de Defesa sobre as armas químicas e biológicas do Iraque, adicionaram lenha ao debate em torno do país. Eles devem abalar as tentativas de Blair de colocar um ponto final no período mais conturbado de seu mandato.

– Na minha opinião, os analistas de informações do DIS (gabinete de inteligência da defesa) foram descartados na preparação do dossiê em setembro de 2002, resultando disso a apresentação de algo enganoso sobre as capacidades do Iraque – escreveu Jones, aposentado recentemente, no jornal The Independent.

Segundo adversários do premiê, as declarações do especialista levantam novas dúvidas a respeito da justificativa apresentada pelo governo para participar da guerra - o fato de o Iraque possuir armas de destruição em massa, nunca encontradas. As palavras de Jones também vão de encontro à conclusão do juiz Lorde Hutton, que absolveu o governo Blair das acusações de que teria exagerado as informações sobre o Iraque.

O premiê esperava que, depois de Hutton, seus adversários não o atacariam mais por causa do Iraque. Mas grande parte dos meios de comunicação e da opinião pública criticaram o relatório do juiz. E oponentes de Blair afirmam que a investigação anunciada na terça, a ser conduzida por Lorde Butler, é muito limitada e não examinará a forma como os políticos apresentaram as informações sobre o Iraque.

As informações são da agência Reuters.

 
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