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Iraquianos querem que ONU organize censo no país

Autoridades iraquianas vão pedir à Organização das Nações Unidas (ONU) que supervisione um censo nacional, caso a entidade volte ao Iraque. Há mais de 45 anos o Iraque não tem um recenseamento. Dependendo das questões incluídas, o censo pode se tornar um assunto explosivo, em um país onde há poucos dados precisos sobre o tamanho da população e sua composição étnica e religiosa.

O último censo oficial considerado confiável é de 1957. O regime de Saddam Hussein fez recenseamentos em 1977, 87 e 97, mas eles são considerados imprecisos.  A população iraquiana é estimada em 25 milhões de pessoas, das quais 60% são muçulmanos xiitas. Os sunitas representam pouco mais de 35 por cento, e os demais são cristãos e seguidores de seitas menores. Na questão étnica, 70% dos iraquianos são árabes, 20% são curdos e os demais 10% são turcomanos.

Adnan Pachachi, presidente do Conselho de Governo nomeado pelos EUA, disse em uma reunião de líderes em Bagdá que o recenseamento é uma das várias questões que precisam ser abordadas antes que os norte-americanos transfiram o poder para um governo interino, em 1° de julho.

– Vamos pedir à ONU que realize um censo completo, exato, e que monte listas de eleitores por meio de centros de recrutamento eleitorais em todo o Iraque – disse Pachachi a cerca de 250 iraquianos reunidos para discutirem a transferência do poder.

Os Estados Unidos retiraram suas equipes internacionais do Iraque em outubro, dois meses depois de um atentado contra a sede local da entidade, que matou 22 pessoas. Os EUA e a o Conselho de Governo querem que a ONU envie uma missão para analisar se é viável a realização imediata de eleições diretas no Iraque, como exige o principal líder da maioria xiita, aiatolá Ali Al-Sistani. Washington espera que a ONU conclua que as eleições são inviáveis, e que Al-Sistani acate a decisão.

Atualmente, os EUA querem realizar uma série de reuniões regionais que escolheriam um governo provisório. As eleições diretas só ocorreriam em 2005, já sob uma nova Constituição.

Nesta semana, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, anunciou o envio de uma pequena equipe ao Iraque, que vai avaliar as condições de segurança. Dependendo do resultado, um grupo de especialistas irá ao país para analisar a viabilidade de eleições diretas.

As informações são da agência Reuters.

 
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