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Bush já não tem certeza sobre armas proibidas no Iraque

Chefe do Grupo de Pesquisas no Iraque afirmou não ter encontrado nada no país

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, abandonou sua certeza anterior de que o Iraque tinha armas de destruição em massa, que havia justificado a invasão do país. A mudança segue uma declaração de um importante inspetor norte-americano de que não existem arsenais químicos ou biológicos no país.

As conclusões de David Kay despertaram dúvidas sobre as informações existentes antes da guerra, e sobre se Bush não as teria manipulado para justificar o conflito. Kay renunciou na semana passada ao cargo de chefe do Grupo de Pesquisas no Iraque, que busca armas de destruição em massa no país.

Apesar de não ter encontrado nada, Kay afirmou ao jornal The New York Times que o Iraque tentou retomar o seu programa nuclear em 2000 e 2001 e estava trabalhando ativamente para produzir armas biológicas, usando o veneno ricina.

Em seus primeiros comentários após as conclusões de Kay, Bush não descartou a existência de armas não-convencionais no Iraque, mas também não mencionou sua certeza anterior de que elas serão achadas.

– Primeiro de tudo, acho muito importante que deixemos o Grupo de Pesquisa no Iraque fazer seu trabalho, para que possamos descobrir os fatos e comparar os fatos ao que pensávamos – disse ele a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca, durante reunião com o presidente polonês, Aleksander Kwasniewski.

Kwasniewski, importante aliado de Bush, disse que antes da guerra se encontrou com o então inspetor-chefe de armas da ONU, Hans Blix, que lhe contou que o Iraque estava pronto para produzir armas não-convencionais, se isso fosse necessário para manter Saddam no poder.

Em março, defendendo a invasão, Bush afirmou que "a inteligência reunida por este e outros governos não deixa dúvidas de que o regime do Iraque continua a possuir e a ocultar algumas das armas mais letais já feitas''.

Desde então, ele moderou esse discurso, limitando-se a dizer que o Iraque buscava armas proibidas.

– Agimos no Iraque, onde o antigo regime patrocinou o terror, possuiu e usou armas de destruição em massa e por 12 anos desafiou as claras exigências do Conselho de Segurança da ONU – afirmou ele em discurso no dia 7 de setembro.

Nesta terça, dia 27, ele expressou grande confiança no núcleo norte-americano de inteligência e disse que outros países também achavam que o Iraque possuía armas não-convencionais. Ele afirmou que, de qualquer forma, derrubar Saddam era uma causa justa, porque ele se recusava a cumprir as resoluções da ONU para se adequar ao mundo pós-11 de Setembro.

Democratas querem uma investigação para saber se o governo manipulou os dados sobre o Iraque ou se se valeu de informações falsas. Ainda na terça, uma delegação norte-americana chefiada pela assessora de Segurança Nacional, Condoleezza Rice, deve se reunir com o representante da ONU Lakhdar Brahimi, para discutir um papel para a entidade internacional no Iraque.

Com informações da agência Reuters.


 
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