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 | 28/10/2003 16h35min

Bush culpa partidários de Saddam e estrangeiros por ataques

Presidente dos EUA cobrou da Síria e Irã reforço no controle das fronteiras

O presidente norte-americano, George W. Bush, culpou nesta terça, dia 28, membros do partido Baath, do presidente deposto Saddam Hussein, e "terroristas estrangeiros" pela onda de violência do pós-guerra no Iraque.

Bush disse esperar que a Síria e o Irã reforcem o controle nas fronteiras para impedir entrada de extremistas.

O presidente norte-americano prometeu que os Estados Unidos não vão "desistir diante das dificuldades" e disse que as pessoas por trás dos ataques suicidas têm a "mesma mentalidade" daqueles que realizaram os ataques de 11 de setembros nos Estados Unidos.

– Nós estamos olhando constantemente para o inimigo e nos ajustando – disse Bush em uma entrevista coletiva no Rose Garden da Casa Branca.

Depois dos ataques de segunda, em Bagdá, que deixaram 35 mortos, nesta terça, outro atentado, desta vez na cidade de Falluja, matou quatro pessoas

– Nós não estamos saindo (do país) – disse Bush.

Autoridades militares dos Estados Unidos disseram que há sinais de que combatentes estrangeiros estão por trás dos quatro ataques suicidas que mataram 35 pessoas e deixaram mais de 230 feridas na segunda, dia mais sangrento desde que Saddam Hussein foi deposto. Porém, eles mostraram poucas provas diretas e pelo menos um comandante norte-americano no Iraque não concordou com a participação de estrangeiros nos ataques.

Um agressor preso em um ataque frustrado contra um posto policial tinha passaporte sírio.

– Membros do partido Baath (de Saddam Hussein) tentam criar o caos e medo porque eles perceberam que o Iraque livre irá negar a eles os privilégios excessivos que tinham sob o regime de Saddam Hussein – disse Bush.

– Os terroristas estrangeiros estão tentando criar condições de medo porque eles temem um Estado livre e pacífico em uma parte do mundo onde o terror encontrou recrutas. Esta liberdade é o que os terroristas mais temem.

Bush disse que os Estados Unidos estão "trabalhando próximos" ao Irã e à Síria, e acrescentou:

– Nós esperamos que eles reforcem as fronteiras, evitem que as pessoas atravessem as fronteiras, se de fato eles pegarem alguém fazendo isso.

Ele disse que as forças da coalizão estão ajudando no reforço da fronteira.

Bush tem visto seu índice de aprovação cair após as violências ocorridas e com os custos altíssimos no Iraque pós-guerra, e por não conseguir achar armas de destruição em massa no país.  As guerrilhas já mataram 113 soldados norte-americanos desde que Bush declarou o fim dos principais combates em 1º de maio.

Uma nova pesquisa CNN/USA Today/Gallup mostra a aprovação de Bush no cargo em 53%, comparados aos 42% de desaprovação. Em uma disputa hipotética com um democrata, Bush é a escolha de 46%, enquanto o rival à presidência consegue 43%.

Em contraste, após os ataques de 11 de setembro, os índices de aprovação de Bush chegaram a 80% e os democratas estavam cautelosos em desafiar o presidente sobre questão da segurança nacional.

Bush insistiu que está ocorrendo progresso, tanto na guerra contra terrorismo quanto no reaquecimento da economia dos Estados Unidos.

– O mundo está mais seguro hoje – disse Bush.

 
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