O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, congratulou a Tailândia neste domingo, dia 19, pelo apoio à guerra ao terror e disse aos países que participam da cúpula do Pacífico que eles também precisam trabalhar em conjunto para acabar com a ameaça.

Bush prometeu iniciar negociações com a Tailândia sobre um acordo de livre comércio que poderá beneficiar muito o país, que busca mercados para seus produtos agrícolas. Ele deixou claro que isso seria uma recompensa pela ajuda aos EUA na guerra ao terrorismo, demonstrada principalmente pela captura de Hambali, um dos líderes da Al Qaeda, em agosto na Tailândia.

– A Tailândia prometeu lutar na guerra ao terror e esta promessa está sendo completamente honrada – disse Bush a soldados do Exército Real Tailandês.

O presidente norte-americano também afirmou que os EUA não assinarão um pacto de não-agressão com a Coréia do Norte em troca do fim de seu programa nuclear mas, pela primeira vez, levantou a possibilidade de dar algum tipo de garantia de segurança a Pyongyang.

Os comentários de Bush marcaram o tom para o encontro de dois dias da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (da sigla em inglês APEC), que começará nesta segunda na capital tailandesa. As preocupações dos EUA com o terrorismo deverão dominar a agenda.

Alguns países asiáticos dizem que preferem concentrar-se na promoção comercial, objetivo inicial da APEC, formada por 21 países em 1989, principalmente após o colapso das negociações de Cancun, no mês passado. Washington concordou em debater o comércio, mas afirma que o crescimento e a prosperidade não são possíveis sem segurança, linha que segue desde os ataques de 11 de setembro de 2001.

– O mundo ainda é perigoso – disse Bush a repórteres, usando a suposta fita de Osama bin Laden para promover sua visão. Na fita, transmitida pela rede de TV Al Jazeera no sábado, a voz promete mais ataques suicidas dentro e fora dos Estados Unidos e adverte que todos os países que apóiam Washington no Iraque também serão alvos.

– Acho que a fita de Bin Laden deveria mostrar para todos que a guerra contra o terror continua, que ainda há perigo para os países livres e que os países livres precisam trabalhar juntos mais do que nunca – disse Bush.

As informações são da Agência Reuters.