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Atividade industrial cai e Fiesp pede corte de juro

Índice medido pela federação caiu 0,2% em junho

A atividade industrial paulista retraiu-se novamente em junho, levando a Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp) a pedir novo corte dos juros e redução do depósito compulsório para estimular a demanda interna e recuperar o setor. A Fiesp informou nesta terça, dia 29, que seu Indicador do Nível de Atividade (INA) recuou 0,2% no mês passado contra maio, encerrando o semestre com um leve crescimento de 0,4% contra igual período de 2002.

A utilização da capacidade instalada caiu ao patamar mais baixo do ano, para 78,7%, ante 81% em maio e 80,2% em junho de 2002.

– Isso sinaliza estabilidade da indústria e sinaliza o momento de fraqueza que estamos vivendo, com a demanda cada vez mais fraca. A tônica é desfavorável e é dada pela demanda interna fraca – afirmou Clarice Messer, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da entidade.

O dado da atividade em junho exclui os efeitos sazonais e segue o declínio também de 0,2% apurado em maio. A diretora da Fiesp manteve sua previsão da atividade industrial este ano de um crescimento entre 1% e 1,5%, mas destacou que para uma recuperação no segundo semestre é preciso haver a recomposição da renda das famílias e uma retomada dos investimentos na indústria.

– Isso ocorre por meio das políticas fiscal e monetária, na política monetária, por meio de queda de juros e do depósito compulsório. Não é de hoje que a gente vem pedindo isso. O compulsório precisa cair pelo menos para o nível de 45% de fevereiro – acrescentou ela.

Em fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou o depósito compulsório dos bancos para 60%, além de elevar ainda mais os juros para 26,5%. A taxa de juros começou a ser reduzida apenas em junho – tendo caído desde então 2 pontos percentuais –, mas o efeito do afrouxamento monetário leva alguns meses para ser sentido na economia. A Fiesp informou ainda que na comparação com junho de 2002, o índice de atividade subiu 1,4%.

Outro dado negativo divulgado nesta terça foi a queda das vendas reais da indústria, em 0,7% em relação a maio e em 0,2% na comparação com junho de 2002. Clarice enfatizou que isso indica que nos próximos meses a atividade continuará fraca na indústria.

– O acúmulo de estoques está aí colocado e nos próximos dois meses pelo menos essa história não deve mudar, ou seja, até agosto esse é o andar da carruagem, que é muito ruim – disse a economista.

No semestre, as vendas reais registraram ainda uma performance ligeiramente positiva, de 0,3%. Entre os setores que tiveram quedas mais significativas da atividade em junho estão os relacionados ao mercado interno. O setor "Minerais não metálicos", por exemplo, bastante ligado a construção civil, declinou 1,9% contra maio e despencou 11,8% em relação a 2002.

– Este é um setor com grande peso para a indústria de São Paulo e está todo negativo – disse Clarice.

A atividade em "Material de Transporte" recuou 2,5% na comparação com maio e 12% contra junho de 2002. São Paulo é a principal região industrial do país e importante referência sobre o desempenho da atividade brasileira como um todo. A produção da indústria no país mostrou estagnação em maio, com um avanço de apenas 0,1% contra abril e queda de 0,3% em relação a 2002.

As informações são da Rádio Gaúcha.

 
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