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 | 07/11/2008 03h53min

Lauro virou herói na Bombonera

Goleiro fez partida quase perfeita e, por pouco, não defendeu o pênalti cobrado por Riquelme

Diogo Olivier, Enviado Especial, Buenos Aires  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

Fernando Carvalho era o presidente do Inter em 2004 e 2005, quando o clube levou duas goleadas na Bombonera. Ontem, enquanto assistia ao jogo, ouviu o narrador de uma emissora argentina dizer que o Boca Juniors era um carma do Inter. – Não chega a tanto, mas nós precisávamos ganhar – admite o presidente.

Não chegou a ser uma comemoração de título, mas era nítida a alegria do grupo na saída do gramado.

Assista aos gols da partida


Um dos mais festejados era o goleiro Lauro. Enquanto D’Alessandro, Guiñazu e Alex eram assediados pelas televisões locais, Edinho saía abraçado a Nilmar e o goleiro recebia os parabéns por uma partida quase perfeita – por pouco, ele não defendeu o pênalti cobrado por Riquelme.

– Fiquei muito feliz pela atuação. Dentro de casa o Boca é muito forte, tem uma torcida fantástica que sempre incentiva, exemplo para muitas outras – disse o goleiro.

Os planejamentos e estratégias que levaram à vitória foram aos poucos revelados. Na saída do vestiário, Tite contou que Carvalho teve uma conversa com Bolívar depois da partida contra o São Paulo, no domingo.

Bolívar foi destaque na ala, mas quer voltar para a zaga

O assessor de futebol explicou que o Inter precisava de maior consistência na defesa e que o Boca provavelmente escalaria jogadores altos no ataque. Por isso, queria Bolívar de volta à lateral direita, sua posição de origem, no lugar de Ângelo.

– Era uma situação de emergência e eu fui. Mas minha posição é na zaga – deixou claro Bolívar.

O clima da saída colorada da Bombonera era de descontração. Tanto que enquanto os companheiros falavam com a imprensa, o atacante Daniel Carvalho gritou entrando no ônibus:

– Parem de dar entrevistas! Eu quero ir embora!

Mas o assédio continuava. E ninguém parecia cansado em seguir falando sobre o 2 a 1. Nem jogadores, nem dirigentes, nem os mais de mil colorados que foram a Buenos Aires acompanhar a partida ao vivo. Estes certamente deixaram o estádio roucos de tanto que cantaram antes, durante e, sobretudo, depois que o árbitro Óscar Ruiz apitou o final.

Ao final, o técnico Tite desabafou:

– Foi uma vitória épica do Inter.


D'Alessandro mostra como se joga na Bombonera



Como eles foram


- LAURO Sua melhor atuação pelo Inter. Mostrou segurança e reflexo. Nota 8
- BOLÍVAR Improvisado, foi melhor do que os outros laterais anteriores. Nota 7
- ÍNDIO A simplicidade e eficiência de sempre na marcação. Nota 7
- ÁLVARO Ainda lhe falta ritmo de jogo. Não comprometeu. Nota 6
- MARCÃO Recuperou a boa forma que levou o Inter a contratá-lo. Nota 7
- EDINHO Abusou dos erros de passe e cometeu o pênalti em Dátolo. Nota 3
- MAGRÃO Um gigante no meio. Marcou firme e fez o seu gol. Nota 8
- GUIÑAZU Incansável. Atuação de chamar atenção de Maradona. Nota 8
- D'ALESSANDRO O passe para o gol de Alex o redimiu. Nota 7
- ALEX Armou, melhorou no segundo tempo e fez gol. Nota 8
- NILMAR Um incomodo constante para a defesa do Boca. Nota 7
- NERY E ROSINEI Sem nota

 
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