| 05/11/2008 06h37min
No penúltimo treino do Boca Juniors antes do jogo contra o Inter, uma surpresa. Juan Román Riquelme, apesar da insistência da direção para que ficasse de fora da partida de amanhã, foi até o técnico Carlos Ischia e exigiu ao menos ficar no banco. E, como a palavra do camisa 10 é ordem na Bombonera, ele venceu.
Assim, a qualquer momento na decisão por uma vaga nas semifinais da Copa Sul-Americana, Riquelme poderá ser chamado pelo treinador para reforçar o time de reservas diante do Inter. Nem que seja apenas para cobrar faltas. Contra o San Lorenzo, no último domingo, o Boca jogou com os titulares e ganhou por 1 a 0, gol de falta de Riquelme
— Eu quero estar em campo sempre. Não existem prioridades no futebol, mas títulos – resumiu o craque. — Além do mais, me sinto bem para jogar contra o Inter. Em casa nos sentimos seguros. Sempre dá tudo certo.
Os dirigentes queriam preservá-lo para o campeonato argentino, no qual agora o Boca é
líder ao lado de Tigres e San Lorenzo, com
26 pontos. Mas Riquelme discorda do discurso de dar importância reduzida à Sul-Americana.
— A partir de hoje até, e até a próxima rodada do Torneio Apertura, o mais importante é a Copa (Sul-Americana). O Boca é assim. Temos que ganhar sempre. Precisamos de mais uma semifinal — justificou o craque.
Edinho, Bolívar e Alex comparam o grupo que esteve
na Bombonera em 2004 e 2005 com o atual
A idéia — de Ischia e de Riquelme — é transformar a sua simples presença no banco em uma injeção de ânimo nos reservas. O craque acredita que um gol cedo deverá transformar a Bombonera, como de hábito, num reforço para eliminar o Inter.
Ontem, o Boca treinou com dois grupos em uma Buenos Aires quente, com
temperatura de 30ºC. De um lado, os que venceram o San Lorenzo, no fim de semana. De
outro, sob o comando de Ischia, o time que enfrentará o Inter. Mesmo com reservas, o clima é de decisão. Hoje, nenhum jogador poderá conceder entrevistas. O objetivo: concentração total.
— Quem bom! — exclamou o volante Guiñazu, ao saber que Riquelme estará no banco.
Já o meia Alex se divertiu com a opinião de Guiñazu.
— “Que bom” eu não sei de onde ele (Guiñazu) tirou. Ainda mais que é ele quem terá de marcá-lo — afirmou o selecionável do Inter.
Nilmar concordou com a perplexidade de Alex. E completou:
— Bom? Que nada! Bom para o time deles que tem um jogador dessa qualidade. Queria ele do meu lado metendo umas bolas.
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