| 28/10/2008 22h56min
O técnico Celso Roth não pretende promover surpresas no time do Grêmio para o jogo com o Cruzeiro, marcado para as 21h50min desta quarta no Mineirão, pela 32ª rodada do Brasileirão. Na noite desta terça, o treinador gremista concedeu entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha. Questionado sobre os motivos dos vários treinos com portões fechados que vem realizando, Roth justificou:
— Não temos a intenção de fazer algo inesperado. É muito mais para termos privacidade e tranqüilidade de repetir jogadas e fazer algumas coisas novas – disse o treinador, que, no entanto, admite que esconde a formação da equipe. – As informações andam muito rápido e eu sou um que trabalho com a escalação do adversário. E o adversário vai trabalhar com a minha — explicou.
Cotado para deixar a equipe após o treinador afirmar, durante a semana, que o Grêmio precisa de mais experiência no Mineirão, o lateral-direito Felipe Mattioni deve seguir no time titular. Durante a
entrevista, o treinador
afirmou que este não é o momento de Paulo Sérgio voltar à equipe.
— O Felipe (Mattioni) vem apresentando um rendimento ótimo no sentido defensivo. Eu tinha receios do Felipe no cabeceio, mas hoje ele está muito bem, com muita atitude e força, além da condição técnica. A possibilidade do Paulo (Sérgio) receber uma chance é real, mas não para esta circunstância — declarou o treinador.
Jogo épico
Celso Roth não deu muitas pistas sobre o time que colocará em campo nesta quarta, mas falou sobre a importância desta partida. O técnico espera que seja um duelo "épico", que fique na memória dos torcedores do Grêmio.
— É uma decisão. O torcedor do Grêmio tem de saber que nós deveremos ter essa atitude. Não adianta só conquistarmos o campeonato com uma campanha equilibrada sem fazermos um jogo épico — disse Roth.
"Não queremos outro
Ronaldinho"
No primeiro tempo da vitória gremista sobre o Sport, o zagueiro Thiego era
o encarregado de marcar o meia Carlinhos Bala, e Douglas Costa acompanhava o ala do time adversário. Questionado se o meia precisava atuar defensivamente, Roth disse que, por mais habilidade que ele tenha, precisa cumprir funções na equipe. E o comparou com o craque Ronaldinho, do Milan, que surgiu no Grêmio.
— Não queremos criar outro Ronaldinho aqui. Ele (Douglas Costa) precisa marcar, sim. É um menino que tem 18 anos e tem de jogar futebol, mas, em uma circunstância que não deu certo dentro de um esquema tático, fazer uma função que compete a ele naquele momento — disparou.
A empresa que estuda bola parada
Sem citar o nome, Roth falou sobre uma empresa situada no Rio de Janeiro que estaria estudando esquemas de bola parada de todos os times do Brasil. O técnico disse que teve de alterar o posicionamento defensivo tricolor quando soube que os adversários estavam aproveitando os dados fornecidos pela
empresa.
— O Grêmio começou a ser estudado
em todos os sentidos. Eu tenho informações que o Grêmio passou a ser estudado não só no esquema tático mas na bola parada. Existe hoje no Rio de Janeiro uma empresa que mostra todas as bolas paradas de todos os times. E o Grêmio foi pesquisado de tal forma que descobriram a nossa bola parada defensiva — declarou o treinador.
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