Imprevisível. Este é o adjetivo usado pelo ex-craque Tostão, hoje colunista esportivo, para definir o confronto entre Cruzeiro e Grêmio, amanhã, no Mineirão. Mesmo assim, ele vê uma ligeira vantagem para o time que defendia na época da Copa de 1970:

— Se o Cruzeiro perde, fica quase fora da luta pelo título. Mas tem mais chances de vencer.

Tostão pensa assim devido ao equilíbrio do Brasileirão. Lembra que os times candidatos ao título costumam ganhar em casa e ter dificuldades fora. Sem contar que o Cruzeiro tem bom time, fato admitido até por um ídolo do Atlético-MG, o ex-atacante Reinaldo. Hoje vereador em Belo Horizonte, ele coloca o adversário do Grêmio como favorito.

— O Cruzeiro tem uma ligeira vantagem, tanto técnica quanto pelo mando de campo. Se estiverem inspirados, Guilherme e Ramires podem desequilibrar — opina.

Tostão minimiza as suspensões do zagueiro Thiago Heleno e do volante Henrique. Lembra que o lateral Jadilson e o meia Wagner devem voltar, e diz que apenas o goleiro Fábio é insubstituível. Por isso, acredita que o técnico Adilson Batista deva explorar os flancos, com Thiago Ribeiro pela direita e Wagner pela esquerda.

— Celso Roth deve estar na dúvida. Se os alas do Grêmio atacarem muito, vão sofrer pelas costas — explica.

Mas o Cruzeiro, sustenta Tostão, também deverá se preocupar com os contra-ataques e a bola aérea do Grêmio. Nada impossível de ser posto em prática por Adilson, um técnico que, a exemplo de Roth, ouve contestações da torcida apesar da boa campanha. Isso porque, por vezes, faz mudanças “que ninguém entende”. Algo proibido agora.

— Se perder, aí acaba o sonho — atesta Reinaldo, que aposta em “perda de fôlego” do Grêmio em caso de derrota.

Tostão, porém, analisa a situação de forma diferente. Acha que o empate não seria tão ruim para o Grêmio, e que o campeonato está aberto, com cinco candidatos: além do Grêmio e Cruzeiro, Flamengo, São Paulo e Palmeiras também têm chances.

Saiba mais sobre o time do Cruzeiro: