| 23/10/2008 00h
Feliz de quem conta com Alex. Ontem, ele fez dois gols, garantiu o 2 a 0 e concedeu ao Inter vantagem expressiva quando se trata de confrontos com o Boca. Agora, no dia 6, no calor da Bombonera, até mesmo derrota por um gol garante aos gaúchos a segunda participação na semifinal da Copa Sul-Americana.
O resultado, porém, esconde as dificuldades do jogo. Guiñazu, crescido na rivalidade argentina, havia avisado na véspera:
— Boca é Boca, não tem essa de reserva.
Foi o que se viu ontem. É claro que Riquelme, Palácio e Dátolo fazem falta, são de ponta. Só que o Boca é um clube com uma filosofia de futebol. Desde cedo os jogadores aprendem a atuar de uma mesma forma. O time de ontem, no Beira-Rio, parecia o mesmo que havia visitado o Inter em
2004 e 2005. Porque o Boca quando joga fora de casa primeiro
marca, depois marca e, antes de sair para o ataque, marca mais um pouco. Usa tática de boxeador. Espera o adversário vir para cima e, quando ele se descuida, golpeia.
Ontem, Carlos Ischia repetiu o esquema usado em Quito, contra a LDU. Colocou três zagueiros na área, um volante na frente deles e segurou os laterais. Os meias recuavam e, por vezes, até o centroavante Figueroa voltava. O resultado era um ferrolho contra o qual o Inter passou o primeiro tempo colidindo. Mesmo insinuantes, Nilmar, Alex e D’Alessandro encontravam dificuldades. Tite colocou Andrezinho de volante ao lado de Magrão, e eles também esbarravam na marcação.
Assim, o jogo ganhou dose de tensão. Quando saía, em toques de primeira e rápido, o Boca levava perigo. Fondacaro e Figueroa perderam dentro da área. O Inter, se não conseguia ingressar na área, ameaçava de fora. D’Alessandro cobrou falta com perigo aos 14 e aos 26. Na seqüência dessa última, García salvou gol de Bolívar.
As dificuldades do primeiro tempo
justificavam a solenidade dada pelo Inter aos reservas do Boca. A torcida abraçou a causa. Começou a pular e cantar cinco minutos antes de o jogo começar, orquestrados pela Popular, e assim seguiu o tempo inteiro. Em nenhum momento deixou de apoiar. O que criou uma atmosfera positiva no estádio.
A fidelidade acabou premiada logo nas primeiras manobras do segundo tempo. Alex, confiante como convém a um jogador da Seleção, recebeu aos quatro minutos, avançou três passos e, quando quatro argentinos fechavam seu caminho, mandou de esquerda, no canto de García.
O gol fez o Boca afrouxar a marcação. Aos oito, D’Alessandro cruzou, o zagueiro desviou e mandou a bola na trave. Ele ainda ameaçaria outras duas vezes. Uma delas pouco depois de Noir atingir Magrão com violência e fazer sangrar outra vez um corte que ele havia sofrido no primeiro tempo. O atacante argentino foi expulso, e o Inter alugou o campo do Boca. A insistência acabou em gol aos 43. Alex acertou um chute
forte de fora da área e deu
ao Inter a excelente vantagem para chegar à Bombonera.
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