Após seis derrotas consecutivas, o Figueirense finalmente voltou a pontuar no Campeonato Brasileiro. O alvinegro catarinense e o Atlético-MG empataram em 0 a 0, neste sábado, no estádio do Mineirão, em partida válida pela 27ª rodada da Série A. Esta foi a primeira vez na história do campeonato que um duelo entre os dois times acabou sem gols.

O Figueira não conquistava um ponto há mais de quarenta dias. A última vez que o time do Scarpelli somou na competição foi na estréia do returno, no dia 16 de agosto, quando venceu a Portuguesa, por 2 a 1, em casa. Com o empate em Belo Horizonte, os catarinenses se mantiveram na 15ª posição, com 29 pontos. O Galo está em 12º lugar, com 34. 

Risco de degola

Na continuação da rodada, neste domingo, os comandados de Mário Sérgio devem torcer pelos tropeços de Atlético-PR, Vasco e Portuguesa. Em caso de vitória de duas entre as três equipes, o alvinegro pode cair para a zona de rebaixamento. Se vencerem o lanterna Ipatinga, os paranaenses chegam aos 30 pontos. Já Vasco e Portuguesa podem chegar à mesma pontuação, mas teriam vantagem no número de vitórias.

Na próxima rodada, o Figueirense vai ao Rio de Janeiro, onde encara o Vasco, em São Januário, sábado, às 18h20min. No mesmo dia, às 16h, o Galo enfrenta o Palmeiras, no Palestra Itália.

Bola na trave no primeiro minuto

Os anfitriões assustaram a equipe catarinense logo no primeiro minuto de jogo. Após um cruzamento de Marques pela esquerda, Renan subiu para cabecear na trave de Wilson. O lance serviu para alertar os visitantes, que tentaram conter o ânimo dos atleticanos, deixando a partida em ritmo mais lento. Aos 11 minutos, o Galo chegou novamente, desta vez com um ex-Figueirense. O lateral César Prates avançou até a linha de fundo e cruzou para Marques tentar, sem sucesso, uma bicicleta contra a meta adversária.

Seis minutos depois, Ramon puxou o contra-ataque para o Figueira. O meia-atacante saiu do setor defensivo e tocou para Marquinho, que conseguiu o drible na lateral e cruzou para Bruno Santos cabecear para uma boa defesa de Juninho.

A resposta do Galo veio, com perigo, aos 25, e novamente com César Prates. O ala cruzou alto na área e Lenílson subiu para cabecear. A bola passou muito perto, tirando tinta da meta do arqueiro catarinense. Três minutos mais tarde, o time mandante chegou pela ponta com Marques, um dos destaques da partida. Ele recebeu sozinho na área, mas ficou procurando um companheiro para quem pudesse tocar a bola, em vez de arriscar. Chutou mal e acabou errando feio.

Figueira altera ataque

O Figueirense iniciou a segunda etapa com uma alteração: Wellington Amorim no lugar de Bruno Santos. A mudança surtiu efeito: logo aos 6 minutos, o atacante chegou pela direita, invadiu a área e chutou. No entanto, Juninho saiu bem e fez uma grande defesa. O alvinegro tentou novamente aos 10. Dentro da área, Diogo tentou encobrir o goleiro, mas o arqueiro mineiro defendeu bem mais uma vez.

Com dificuldade de armar o ataque, o Atlético-MG começou a marcar a saída de bola dos visitantes. Já o Figueirense seguiu com a marcação e o toque de bola no meio-campo. O meia Marquinho, que estava afastado há 45 dias para o tratamento de uma fratura, voltou bem na função reforçada pelo técnico nos treinamentos durante a semana.

Ele, inclusive, participou de dois bons lances. Aos 13 minutos, depois do passe de Cleiton Xavier, Marquinho tirou o goleiro da jogada, mas não conseguiu balançar as redes atleticanas por causa de um preciso corte da zaga. Aos 18, ele também deu o passe para Alex Cazumba arriscar de fora da área. A bola, porém, passou muito acima do travessão de Juninho.

A primeira boa tentativa do Galo só veio aos 26 minutos. Elton, que havia acabado de entrar no lugar de Serginho, tocou para Renan encobrir o goleiro Wilson num cruzamento. Posicionado na segunda trave, Castillo ainda tentou cabecear, mas a bola foi para a linha de fundo. Sem uma boa atuação, Petkovic pouco perigo levou às redes da equipe catarinense. Aos 40, o sérvio arrancou pela direita, cruzou na área para Marques, que logo em seguida se jogou. A torcida no Mineirão pediu o pênalti, e o árbitro, corretamente, nada marcou no lance.

Nos minutos finais, o Figueirense ainda reforçou o seu sistema defensivo, trocando Ramon por Jackson. Os catarinenses conseguiram chegar mais duas vezes: aos 43, com Marquinho, que perdeu a bola na pequena área; e aos 47, com um chute de Jackson da intermediária.