| 18/09/2008 06h02min
Não restaram resquícios da batalha em que se transformou o jogo do Atlético-PR contra o Grêmio, no dia 31 de outubro de 2007, na Arena da Baixada, em Curitiba, quando o Tricolor foi derrotado por 2 a 0. O desejo de vingança que move os paranaenses para o jogo deste domingo está relacionado a uma outra partida entre os dois times: o empate em 3 a 3 de 2004, em Erechim, que acabou por tirar o título brasileiro dos atleticanos.
Era
a 43ª rodada do campeonato naquele 28 de novembro. Punido com a perda do mando de
campo (daí o jogo em Erechim), o Grêmio estava a caminho do rebaixamento. Perdia por 3 a 0.
Então, entre os 25 e 46 minutos do segundo tempo conseguiu surpreendente reação, o que causou uma reviravolta no Brasileirão. O empate em 3 a 3 fez com que o time treinado por Levir Culpi se distanciasse do segundo título brasileiro. O primeiro havia sido conquistado na temporada de 2001.
Nas três rodadas seguintes, o Santos, segundo colocado, desmanchou a desvantagem de três pontos, até sagrar-se campeão na tarde de 19 de dezembro, com 89 pontos, contra 86 do Atlético-PR.
– Quem estava no clube naquela época ainda fala em vingança. As pessoas admitem que uma vitória domingo terá dois significados: deixará o Atlético-PR um pouco mais distante do rebaixamento e reduzirá as chances de o Grêmio ganhar o título – afirma o jornalista André Pugliesi, do diário Gazeta do Povo, de Curitiba.
Hoje, a situação se inverteu: com 26 pontos
e na 16ª colocação, o Atlético-PR do técnico
Geninho só escapa dos quatro últimos porque supera o Vasco no critério dos gols sofridos (oito contra nove). E o Grêmio se encaminha para o título.
– Aquele jogo ficou marcado na nossa vida. O time tinha tudo para ser campeão. Quem sabe agora não é a nossa hora de frear o Grêmio? – projeta o volante Alan Bahia, de 25 anos, que participou do jogo de Erechim e ainda segue no Atlético-PR.
Presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia admite que seu clube poderá contribuir para mudar a situação na tabela do Brasileirão, “como o Goiás já fez na última rodada”:
– Respeitamos o líder, mas a vitória nos é muito necessária.
Petraglia também confirma o desentendimento com o meia Tcheco na conturbada partida da Arena, no ano passado. O fato teria ocorrido logo após a expulsão do meia do Grêmio. No caminho para o vestiário, Tcheco teria trocado empurrões com o dirigente. A versão do meia dá conta de que os
seguranças de Petraglia o agrediram.
Seja
como for, o presidente Petraglia assegura que o episódio já está superado. Assim como a briga com dirigentes gremistas na manhã do dia seguinte, no aeroporto de Curitiba. Registrado pelas câmeras de segurança, o conflito teve registro no posto policial do aeroporto.
– Foram coisas daquele momento. Estava todo mundo de cabeça quente, estressado naquele dia. Agora é diferente: o Grêmio será muito bem recebido. Terá camarote especial na Arena – garante o dirigente.
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