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 | 23/08/2008 21h26min

Fabri diz que grupo do Figueirense não pode abaixar a cabeça

Meia confia em recuperação da equipe nas próximas rodadas

Michele Cardoso  |  michele.cardoso@rbsonline.com.br

O Figueirense amargou sua segunda derrota consecutiva neste sábado, diante de sua torcida. Com um gol sofrido aos 2 minutos, o alvinegro ainda chegou ao empate, mas deixou espaços ao Vitória, que não desperdiçou e saiu de Santa Catarina com o placar de 2 a 1 e três pontos a mais na tabela. Mesmo sem conseguir o bom resultado dentro de casa, o Figueirense teve um guerreiro dentro de campo: Rodrigo Fabri.

O meia-atacante chamou para si a responsabilidade no segundo tempo, quando o time conseguiu se organizar mais e pressionar no ataque, depois de um primeiro tempo sem entrosamento entre os jogadores. A garra demonstrada durante o jogo transformou-se em fé. Apesar da derrota, o meia crê que o Figueirense tem tempo para se recuperar na Série A.

— Chegamos no 1 a 1, tivemos oportunidade em um escanteio quando o Bruno Aguiar ficou cara a cara e o goleiro fez milagre. Mas aí o Vitória no lance seguinte fez o 2 a 1 e formou duas linhas de quatro jogadores, fechando a marcação. É complicado numa fase desta perder duas seguidas, ainda mais jogando em casa. Infelizmente não conseguimos concluir, mas ainda podemos recuperar isto — disse Fabri, que foi aplaudido pela torcida no Scarpelli.

Com uma escalação ousada de PC Gusmão, os jogadores escolhidos pelo técnico não demonstraram sinais de desistência, mas alguns mantiveram a apatia da derrota anterior, diante do Coxa, na semana passada. Um deles foi Cleiton Xavier. Marcado individualmente por Wallace, o capitão alvinegro só teve chance de gol em uma única oportunidade e, mesmo assim, finalizou mal.

Fabri acumulou funções. Precisou armar, conectar e atacar, até porque, mesmo com três jogadores na linha de frente no segundo tempo — Wellington Amorim, Tadeu e Ricardinho — a má qualidade das finalizações fez com que o meia abusasse de seu repertório de jogadas. A motivação, segundo ele, veio em função de seu respeito e admiração pelos companheiros do Figueirense.

— Nosso grupo é bom, temos amigos e precisamos nos esforçar por eles. Se não nos esforçarmos pelos amigos, não faremos isto por ninguém. Hoje este esforço não foi suficiente. O que não podemos é abaixar a guarda — disse o guerreiro, que viu em campo uma outra atitude se comparada àquela diante do Coritiba.

— A atitude foi outra. Jogamos com muita dedicação e vontade e não podemos tirar os méritos do Vitória, que soube tocar muito bem a bola e se fechar para garantir o placar.

Para o próximo jogo, diante do Goiás, fora de casa, o Figueirense precisa levantar a cabeça. Fabri sabe disso e, com este objetivo, o time terá uma semana para corrigir as falhas destas últimas rodadas.

— Estão todos muito chateados, mas eu, como mais experiente, e o PC também, alertamos que a fase boa passa assim como a fase ruim passa também. São dificuldades que precisamos superar. Vamos fazer por merecer as vitórias nos próximos jogos. Temos que erguer a cabeça e recuperar isto fora de casa — completou.

 
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