| 23/06/2008 07h58min
Sem problemas de escalação para o Gre-Nal de domingo, no Olímpico, o Grêmio passará toda a semana com a única preocupação de rebater a condição de favorito. Mesmo que só seja superado pelo líder Flamengo no número de gols marcados (16 a 12), o time não se considera superior ao rival, hoje o 15º colocado na tabela.
– Essa história de atribuir favoritismo em Gre-Nal é coisa antiga. Não existe isso. O Inter tem muita força, nós o respeitamos muito. E vamos continuar assim – avisou o técnico Celso Roth, habituado com clássicos nos dois clubes.
Seu discurso coincide com o de Roger, que disputará seu primeiro Gre-Nal. O meia, que considera o grupo do Inter superior ao do Grêmio, recomenda postura cautelosa. E muita concentração para evitar erros cometidos na partida contra o Atlético-PR. Melhor em campo na vitória de 3 a 0 sobre o Atlético-PR, Roger observa muitas diferenças entre o Gre-Nal e os clássicos que disputou por Flamengo, Fluminense e Corinthians.
– Aqui, a rivalidade vem à tona com mais força, floresce muito mais. Os dois times jogam a vida e a morte numa partida dessas. Hoje, nosso momento é melhor. Mas, em futebol, tudo vira com uma rapidez muito grande – alertou.
Apesar da vitória e da colocação do Grêmio, Celso Roth passou mais tempo na entrevista coletiva apontando defeitos do que valorizando as virtudes de sua equipe. O técnico disse ter ficado preocupado com o desajuste da defesa, sobretudo no primeiro tempo, e com a ineficiência dos atacantes Perea e Marcel.
– É perigoso quando uma equipe vive um bom momento, o que é o caso atual do Grêmio. Vitórias anestesiam algumas situações e provocam um certo relaxamento – afirmou.
Léo de volta
O zagueiro Léo, que atuou ontem pela seleção olímpica, volta ao time em lugar de Jean. Eduardo Costa, que ontem entrou apenas na parte final, deverá começar o clássico. O que não significa que Willian Magrão, seu substituto ontem, tenha decepcionado. Segundo Roth, o jogador foi importante sobretudo no primeiro tempo, quando o Atlético-PR utilizou três atacantes e criou dificuldades para Pereira, Jean e Réver.
– Eduardo Costa é mais do setor, enquanto Willian é mais ativo. Um tem a juventude, o outro tem a experiência – destacou o técnico.
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