| 12/06/2008 15h23min
Sem cinco dos jogadores originalmente convocados, a seleção masculina de basquete se apresentou na manhã desta quinta-feira para o início dos treinamentos visando o Pré-Olímpico de Atenas, na Grécia, entre os dias 14 e 20 de julho.
Onze jogadores se apresentaram ao técnico Moncho Monsalve. A única ausência foi do armador Leandrinho, que viaja nesta quinta para os Estados Unidos, onde será avaliado pelos médicos do Phoenix Suns. Se não for liberado, outro jogador será convocado para substituí-lo.
O treinador espanhol confessou que ficou chateado com o desfalque de cinco jogadores inicialmente convocados – Nenê, Anderson Varejão, Guilherme, Paulão e Valtinho – e que chegou a cogitar deixar o cargo antes mesmo de comandar o primeiro treino.
– Devo ser honesto. Cheguei a pensar em voltar para casa. Mas seria uma grande falta de respeito com este país, com o presidente da confederação, com a comissão técnica e com jogadores. Só nesta noite consegui dormir sete horas – afirmou Moncho.
Por outro lado, o treinador espanhol manifestou confiança no grupo que tem em mãos, apesar de três jogadores terem sido convocados às pressas para suprir as ausências. Duda Machado, Jonathan Tavernari e Ricardo Probst estavam treinando com o grupo que vai disputar o Campeonato Sul-Americano.
– Este é um país incrível, enorme, com muito talento. Não temos esse talento na Espanha. Lá temos 20, 24 jogadores de alto nível. Agora, o que o Brasil precisa, urgentemente, é de um campeonato nacional – comentou o treinador.
Embora tenha evitado criticar abertamente os cinco atletas que deixaram o grupo, isentando apenas Nenê, Moncho afirmou que eles estão fora dos Jogos Olímpicos, caso o Brasil fique entre os três primeiros colocados no Pré-Olímpico e confirme a vaga em Pequim. A medida foi adotada, explicou o treinador, para garantir a união do grupo.
– Se conseguirmos nos classificar, o grupo das Olimpíadas será este que está aqui. Não entra mais ninguém – disse o técnico, conclusivo.
Entre os jogadores, o discurso também foi semelhante. Alçado à condição de líder do grupo, ao lado do capitão Alex e do experiente Marcelinho, o catarinense Tiago Splitter afirmou que o grupo não vai ficar chorando a ausência das estrelas e vai em busca da vaga em Atenas, quebrando um jejum de 12 anos sem ir às Olimpíadas.
– Ninguém vai ficar chorando por quem não está aqui. O grupo é este, e a gente tem um objetivo, que é Pequim. Cada um teve um problema. Se eu também tivesse, ia pedir que o grupo entendesse – comentou Splitter.
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