| 17/04/2008 10h13min
O técnico Adilson Batista não esperava uma derrota por um placar tão elástico quanto o da noite desta quarta-feira para o Real Potosí, na Bolívia, pela Copa Libertadores. De acordo com o treinador celeste, a altitude do local - de quase 4 mil metros - foi crucial para o time perder por 5 a 1, assim como o mau futebol praticado durante a maior parte dos 90 minutos.
– Nós sabíamos das dificuldades de se jogar aqui, em função da altitude mesmo e o retrospecto que eles tem aqui. Agora, nós contribuímos para isso, erramos desde o início, falhamos em alguns gols. A gente tem que corrigir. Alguns jogadores não estavam se sentindo bem, notamos isso desde o começo. Mas eu tinha que ter algum cuidado para trocar – afirmou em entrevista ao site oficial do Cruzeiro.
O treinador destacou que seu time deveria ter candenciado mais o jogo:
– Depois tivemos mais alguns gols por desatenção. Não era esperado um resultado como esse. Tínhamos que jogar perto, junto, cadenciar, porque é difícil atuar aqui. Parece simples de quem olha de cima, mas é desumano. Perde em qualidade pois é jogo de um time só – completou.
Em determinados momentos da partida, Adilson confessa que se preocupou com alguns atletas, que não estavam suportando bem a altitude, como o lateral-direito Jonathan, e por isso, resolver mexer no time.
– Tentei corrigir com o Jadilson. Vi que o Charles também não estava rendendo aquilo que sabemos que ele pode, mas um jogador que a gente confia – ressaltou.
A equipe atuou com um esquema 3-5-2, com Léo Fortunato, Thiago Martinelli e Espinoza fazendo a linha de três zagueiros e um meio-campo com três volantes, Henrique, Ramires e Charles. Na frente, Wagner tentava auxiliar Marcelo Moreno. Segundo Adilson, essa formação foi escolhida para aproximar mais os atletas, devido as dificuldades de se jogar na altitude.
– Eu esperava um posicionamento em função dos dois atacantes. Nós não sofremos os cinco gols em função de ter três atrás. Eu até não gosto de trabalhar nesse sistema, mas são circunstâncias. Quanto mais gente perto, mais gente no meio, que sabe segurar a bola, melhor – comentou.
– Erramos lances que não podíamos ter cometido, mas não vou crucificar ninguém, pois é difícil jogar em uma situação como esta – finalizou.
GAZETA PRESSGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.