O Conselho Deliberativo do Grêmio definiu, na noite desta quinta-feira, que o consórcio do grupo português TBZ com a empreiteira brasileira OAS será o responsável pela construção da arena do clube no Bairro Humaitá. Eles ofereceram ao Tricolor 65% de participação dos lucros gerados pelo novo estádio durante 20 anos. Após este prazo, o clube fica com 100% de tudo o que for arrecadado. A outra oferta, feita pela empreiteira Norberto Odebrecht, havia proposto 50% de participação.

Agora, o grupo TBZ/OAS terá 90 dias de prazo para organizar um contrato, incluindo aquisição de área, garantias bancárias e outras coisas fundamentais para a concretização de um empreendimento deste porte. Após este período, o Conselho Deliberativo se reunirá novamente para votar se o contrato está de acordo com o que o Grêmio quer ou não.

Somente depois de ter o contrato aprovado é que poderá se pensar de forma mais objetiva no início da construção. A obra que erguerá a nova casa gremista deve começar em janeiro de 2009 e deverá ser concluída no início de 2012.

As duas propostas foram baseadas em um estudo de viabilidade feito pela empresa Amsterdã Arena. O novo estádio gremista terá capacidade para abrigar 50 mil torcedores, com cobertura total, menos no gramado. Serão quatro anéis, um com 150 camarotes, um com cadeiras VIP'S, e outros dois com preços mais acessíveis.

O custo da obra está orçado em R$ 270 milhões. O lucro anual é estimado em R$ 56 milhões. O complexo da Arena, com área de 34 hectares, inclui hotel, shopping center, área residencial, centro empresarial e estacionamento. O Estádio Olímpico, que só será desativado após a conclusão da Arena, ocupa área de 8,5 hectares.

Dos ex-presidentes do clube, apenas Flávio Obino e José Alberto Guerreiro não estiveram presentes na reunião do Conselho desta quinta-feira.

Texto corrigido às 8h45min.