| 20/03/2008 00h08min
O presidente Evo Morales e os demais torcedores do San José comemoraram os 66 anos de fundação do clube boliviano, nesta quarta-feira, com uma vitória por 2 a 1 sobre o Santos, de virada. Bastante cauteloso, o time brasileiro sentiu os efeitos dos 3.700 metros de altitude de Oruro e perdeu a chance de liderar o Grupo 6 da Copa Libertadores.
Kléber Pereira abriu o placar para os brasileiros, mas os donos da casa viraram com Cerutti e García.
Com a primeira vitória na competição continental, o San José igualou os quatro pontos conquistados pelo Santos, que ainda não havia perdido, embolando a chave. O líder é o colombiano Cúcuta, totalizando cinco, enquanto o Chivas Guadalajara, do México, soma três.
A revanche entre Santos e San José será no dia 1º de abril, na Vila Belmiro. Antes, neste domingo, os comandados de Emerson Leão visitarão o Guaratinguetá, primeiro colocado do Campeonato Paulista. Cúcuta e Chivas se enfrentarão na quinta-feira de 27 de março, na Colômbia.
O jogo
Ainda com fôlego, o Santos procurou cadenciar a partida nos primeiros minutos, porém sem deixar de atacar. Tanto é que abriu o placar logo aos 7 minutos. Molina cruzou com precisão da direita e o artilheiro Kléber Pereira, de cabeça, desviou para o gol defendido por Vaca: 1 a 0.
Se a altitude ainda não fazia efeito completo nos santistas, o San José contou com outro aliado para responder. Dois minutos depois de reagir ao gol do adversário com gritos de incentivo, a torcida boliviana levantou para vibrar e reclamar quando Peña completou cobrança de escanteio para as redes e o árbitro anulou o lance por falta em Rodrigo Souto.
Não demorou muito, contudo, para o San José empatar. Aos 11, Cerutti recebeu lançamento em velocidade, passou por Domingos e chutou no contrapé do goleiro Fábio Costa. Euforia no estádio Jesús Bemúdez. Pior ainda para o Santos que, em pouco tempo, os efeitos dos 3.700 metros de Oruro começavam a ser notados em alguns brasileiros.
Em clara vantagem física, o San José passou a pressionar o time de Leão. Naturalizado boliviano e completamente adaptado às condições do jogo, o brasileiro Alex da Rosa era quem mais dava trabalho a Fábio Costa, bastante eficiente. Não se pode escrever o mesmo sobre Sebastián Pinto, que se esforçava, mas desperdiçava os poucos contra-ataques santistas.
No segundo tempo, Leão escolheu justamente o centroavante chileno para tirar de campo e reforçar sua defesa com Evaldo. Mesmo com um esquema tático mais cauteloso, o Santos ainda atacava. Kléber Pereira, por exemplo, só não marcou outro gol aos 8 minutos porque Carlos de Castro salvou em cima da linha.
O problema é que os brasileiros também continuavam expostos às investidas do San José. Leão tentou minimizá-las ao trocar Marcinho Guerreiro por Anderson Salles, mas não conseguiu. Aos 16, García finalizou rasteiro, cruzado, dentro da área, sem chances para Fábio Costa. Era a virada boliviana.
Até então na retranca, o Santos se viu obrigado a sair para o jogo depois de sofrer o gol. Leão tentou a última cartada com o argentino Mariano Trípodi no lugar de Anderson Salles. Com isso, no entanto, só conseguiu fazer com que sua equipe, visivelmente cansada, equilibrasse a partida em Oruro. O San José não recuou e manteve o fôlego para triunfar no dia do seu aniversário.
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