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 | 11/03/2008 18h20min

Venezuela acha "aberrante" que EUA queiram incluir país em lista terrorista

Embaixador fez referência a pedido enviado a George W. Bush

O embaixador da Venezuela perante a Organização dos Estados Americanos (OEA), Jorge Valero, qualificou hoje de "insólito e aberrante" que os Estados Unidos estejam cogitando incluir o país em sua lista de organizações terroristas.

— É uma aberração, um despropósito absolutamente insólito que o governo terrorista por excelência pretenda se erigir como consciência mundial — disse Valero em entrevista concedida ao canal estatal "Venezolana de Televisión" em referência aos EUA.

O governo americano "pratica o terrorismo de Estado sem respeitar o direito internacional, pratica genocídios em várias partes do mundo e invadiu países latino-americanos e caribenhos", indicou o funcionário venezuelano.

O legislador republicano Connie Mack pediu, em 6 de março, ao presidente dos EUA, George W. Bush, que incluísse a Venezuela na lista de países que patrocinam o terrorismo pelo suposto apoio que o governo do chefe de estado venezuelano, Hugo Chávez, daria à guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Em carta enviada a Bush, Mack disse que Chávez "está cada vez mais ligado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e agora está dando ajuda e respaldo a organizações terroristas internacionais".

O governo da Venezuela insistiu sempre em que seus vínculos com as Farc se limitam a negociações para libertar reféns que a guerrilha mantém em seu poder nas florestas colombianas, entre eles três cidadãos americanos vinculados ao Pentágono. O embaixador venezuelano perante a OEA acrescentou que os Estados Unidos são "um fator que perturba a unidade latino-americana e caribenha, que dificulta as relações hemisféricas e que tenta impor

doutrinas que são alheias a nosso continente", como seria, segundo ele, a doutrina da "defesa preventiva".

O funcionário venezuelano qualificou esta política de "nefasta", e argumentou que sob essa premissa os Estados Unidos "justificaram a invasão ao Iraque e ao Afeganistão". O ministro de Comunicação venezuelano, Andrés Izarra, denunciou também hoje que "o governo dos EUA pretende iniciar ações ilegais contra a Venezuela".

Izarra declarou que "o governo americano, em seu empenho de isolar a Venezuela e para manter a guerra política e econômica, pretende iniciar ações ilegais para colocar nossa nação entre a lista de países que apóiam o terrorismo".

O "plano para a guerra (dos EUA) se diluiu", pelo que agora "buscam novas formas de agredir, derrubar e avançar em seu projeto de acabar com a Revolução Bolivariana", afirmou.

EFE
 
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