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 | 11/03/2008 17h55min

Chefe das Forças Armadas americanas no Oriente Médio e Iraque renuncia

Oficial fez declarações interpretadas como contrárias à política de George W. Bush para o Irã

Atualizada às 18h20min

O chefe do Comando Central das Forças Armadas americanas e responsável pelas tropas dos Estados Unidos no Oriente Médio e no Iraque, almirante William Fallon, apresentou nesta terça-feira sua renúncia ao secretário de Defesa, Robert Gates. A saída de Fallon, aceita por Gates, acontece em meio ao escândalo provocado por algumas declarações do oficial de alta patente, interpretadas como contrárias à política do presidente George W. Bush para o Irã.

Fallon foi o tema de um artigo publicado na semana passada na revista Esquire, no qual se dizia que o almirante era a única voz a divergir, dentro do governo Bush, dos planos para o lançamento de uma ofensiva militar para frear a escalada nuclear do Irã. Em declarações feitas hoje no Pentágono, Gates se referiu ao almirante como um "estrategista militar muito competente" e disse que Fallon tomou "a decisão correta".

Segundo o secretário de Defesa, a renúncia não decorre de uma questão específica, como o artigo da Esquire, mas de um "acúmulo de coisas". Gates acrescentou que é "ridículo" pensar na saída de Fallon como uma declaração de guerra dos EUA ao Irã.

Carreira

O almirante Fallon, com 41 anos de carreira na Marinha, assumiu o Comando Central das Forças Armadas em 16 de março de 2007, depois que o general John Abizaid deixou o posto. O Comando Central tem sob sua responsabilidade 19 países do Oriente Médio, do noroeste da África e do sudoeste da Ásia. Logo após a oficialização da renúncia de Fallon, o presidente Bush elogiou o "militar de destaque", que fez história ao ser o primeiro oficial da marinha a dirigir o Comando Central dos EUA.

— Do Chifre da África às ruas de Bagdá, passando pelas montanhas do Afeganistão, os soldados, os marinheiros, os pilotos, os marines e a Guarda Costeira do Comando Central são vitais em nossa guerra contra o terrorismo — disse Bush

O presidente ressaltou que o trabalho do almirante contribuiu para o combate da ameaça terrorista na região. Portanto, Fallon "merece um crédito considerável pelo progresso feito nessa área, especialmente no Iraque e no Afeganistão", acrescentou Bush em um comunicado.

EFE
 
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