Foi sofrido, mas o Santos conseguiu vencer o Chivas-MEX, por 1 a 0, nesta terça-feira, à noite, e alcançar a liderança do Grupo 6 da Copa Libertadores da América. Com quatro pontos, o Peixe se isola na ponta. Os mexicanos, com três pontos, estão na segunda colocação. O Santos saiu na frente aos 22 do primeiro tempo, com Molina, e passou todo o segundo tempo segurando a impressionante pressão do Chivas. As informações são do site GloboEsporte.com. 

O Santos começou bem, apertando o Chivas pelos dois lados, em descidas de Trípodi e de Kléber Pereira, pela esquerda, e boas combinações entre Wesley e Adriano, pela direita. O time alvinegro até chegou a balançar as redes logo no início, com Domingos, aos três. Mas o zagueiro estava adiantado e a arbitragem marcou impedimento.

O Chivas veio para o Brasil com uma proposta de jogo bem clara: cinco jogadores de defesa para fechar os espaços e aproveitar a velocidade de Santana e Omar Bravo nos contra-ataques. Mas o Santos era mais incisivo e não dava tempo para o Chivas se armar. Aos oito, Kléber Pereira fez pela jogada pela esquerda e chutou cruzado. O goleiro Michel defendeu. Na sobra, Wesley tentou completar, mas a zaga chegou primeiro.

Apesar de correr alguns riscos nos contra-ataques mexicanos, o Peixe dominava as ações, com boa marcação no meio e correção nos passes. Até que, aos 22, abriu o placar. Molina recebeu de Adriano, avançou pelo meio e chutou. A bola saiu muito rápida, mas pegou efeito e encobriu o Luis Michel, que, além de ser baixo para um goleiro (1,78m), estava adiantado. A resposta dos mexicanos foi rápida. Aos 25, Baez cobrou falta com perigo. A bola ainda desviou em Domingos e foi para escanteio. Fábio Costa já estava vendido.

Aos poucos, a situação foi se invertendo. O Chivas passou a controlar a posse de bola e a apertar o Santos, que buscava os contra-ataques. Aos 37, os mexicanos estiveram muito perto de empatar. Pineda cobrou o escanteio pela esquerda. Nenhum zagueiro alvinegro surgiu e a bola sobrou para Rodríguez cabecear livre. A bola tocou no chão e saiu à direita. Fábio Costa ficou só assistindo.

Chivas aperta

Aquele Chivas perigoso, base da seleção mexicana, invicto no campeonato local e que tirou o sono do técnico santista Emerson Leão nos últimos dias parecia que iria dar as caras no segundo tempo. Num ritmo muito forte, a equipe de Guadalajara foi para cima do Peixe e logo aos três minutos da etapa final quase empatou a partida. Após um bate-rebate na entrada da área, a bola sobra para Omar Bravo na esquerda. Ele cruza e Magallón pega forte. Fábio Costa faz grande defesa.

O Santos, por sua vez, conseguia encaixar boas jogadas de contra-ataques. Aos oito, Molina largou Trípodi na cara do gol. O argentino entrou sozinho, mas tentou caprichar demais, dando um toque de direita buscando o ângulo. Errou o alvo.

À medida que o tempo ia passando, os times se soltavam cada vez mais e trocavam ataques perigosos. Aos 16, o Chivas, que tocava a bola com muita correção e sempre em progressão, assustou num chute forte de Nava, de esquerda. A bola passou raspando o travessão.

A pressão mexicana ficava cada vez mais intensa. Aos 20, após cobrança de escanteio, Omar Bravo subiu de cabeça e Fábio Costa fez grande defesa. Os mexicanos encurralaram o Peixe a partir dos 25 e passaram a atacar por todos os lados. Parecia que o Alvinegro Praiano é que era o time visitante.

Como o time mexicano adiantou sua marcação, o Santos tentava encaixar algum contra-ataque. Mas errou nos passes. Quando conseguia acertar, a zaga do Chivas, bem postada, segurava. Aos 33, outra boa chance da equipe norte-americana. Hernandez entrou pela esquerda e chutou rasteiro. Na resposta, o Santos perdeu grande chance para marcar o segundo. Kléber Pereira recebeu de Tiago Luís, invadiu a área e, em vez de chutar logo, tentou driblar o goleiro e foi desarmado.

O jogo entrou num ritmo alucinante. Aos 35, o Chivas ameaçou novamente. Omar Bravo cabeceou. A bola bateu em Betão e quando ela ia entrando, rasteira, Fábio Costa se esticou todo para salvar.

Os mexicanos não deixavam o Santos respirar. Aos 40, após boa troca de passes, a bola foi parar no pé direito de Hernandez, que emendou de voleio. A bola passou à direita. Três minutos depois, Omar Bravo invadiu a área, e foi trombando com a zaga santista. No chute, errou o alvo.

O Santos teve ainda duas chances para contra-atacar. Mas ambas foram perdidas por MIchael Jackson Quiñonez, que, mostrando não ter nenhuma intimidade com a bola, tropeçou nela e foi vaiado.

E foi isso. O Peixe conseguiu se segurar até aos 48. Quando o juiz apitou, um suspiro geral na Vila.