| 04/03/2008 12h07min
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, abriu em baixa nesta terça-feira e pode zerar, na abertura, o ganho de 0,95% no ano, conquistado ontem quando o mercado acionário brasileiro voltou a operar na contramão das bolsas internacionais, fechando o primeiro pregão de março em alta de 1,58%. Às 11h12min, o Ibovespa cedia 0,96%, a 63.872 pontos, na pontuação mínima do dia até o momento.
Apesar de sinalizar uma disposição dos investidores em realizar um pouco de lucros, aproveitando a alta da véspera e ao mesmo tempo se ajustando às perdas no exterior nesta manhã, a bolsa brasileira pode absorver esse movimento durante os negócios hoje e dar prosseguimento à trajetória de alta, acompanhando de longe os desdobramentos da crise nos Estados Unidos, a exemplo que vem ocorrendo desde a semana passada e se repetiu ontem.
Ações
Hoje, as atenções estarão voltadas para o comportamento das ações da Petrobras,
que ontem à noite anunciou lucro 17% menor em
2007, de R$ 21,5 bilhões, pressionado pela apreciação do real ante o dólar, que gerou um impacto negativo de R$ 3,9 bilhões, e por ajustes no fundo de pensão dos funcionários, o Petros, que tiveram efeito negativo de R$ 1,75 bilhão. De acordo com operadores, a surpresa seria se a estatal anunciasse um resultado melhor do que esse.
Há expectativa também com o desempenho dos papéis da Vale, que ontem fecharam em baixa moderada, pressionadas pelas incertezas que cercam as negociações com a mineradora Xstrata, que estariam travadas após a Glencore, controladora da anglo-suíça ter estabelecido como condição os direitos de comercialização direta sobre os produtos da Vale após a fusão. Às 11h09min, as ações preferenciais classe A (PNA) da mineradora brasileira recuavam 0,38%.
O setor de energia também deve continuar no radar hoje. Ontem, as ações da Eletrobrás dispararam quase 8% por causa da expectativa de que o Senado vote nesta semana a medida provisória que dá o direito
à Eletrobrás e suas
subsidiárias de serem controladoras em consórcios com empresas privadas para disputar novos projetos de geração ou transmissão de energia.
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