| 03/03/2008 19h56min
O preço do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) bateu nesta segunda-feira um recorde histórico de US$ 103,95 em Nova York, devido em grande parte a um maior enfraquecimento do dólar, mas reduziu depois a pressão de alta à medida que avançava o dia e acabou mais de US$ 1 abaixo desse valor.
Ao fim da sessão regular no pregão da Bolsa Mercantil de Nova York (NYMEX), os contratos do WTI para entrega em abril ficaram a US$ 102,45 por barril (159 litros), após subir US$ 0,61 em relação ao valor anterior. Esses contratos tinham fechado a sessão da quinta-feira passada a um recorde de US$ 102,59 o barril.
Os valores dos combustíveis e em particular os que são usados em calefação também subiram hoje, embora, da mesma forma que ocorreu com o petróleo, tenham reduzido as compras de contratos ao final da jornada.
Os contratos de gasóleo para entrega em abril se encareceram em US$ 0,04 centavos e finalizaram a US$ 2,8408 o galão (3,78 litros). Já os de
gás natural para esse mesmo mês
terminaram a US$ 9,34 por mil metros cúbicos, US$ 0,02 a menos que na sexta-feira, apesar de terem chegado a ser negociados a US$ 9,60.
Os contratos de gasolina para entrega em abril terminaram a US$ 2,6720, um nível semelhante ao do dia anterior. O petróleo WTI abriu na segunda-feira com uma firme tendência de alta e era negociado próximo aos US$ 104 no início do pregão, coincidindo com uma forte queda do dólar perante o euro e outras divisas internacionais, como já ocorreu na semana anterior.
Um contínuo enfraquecimento do dólar barateia as compras de petróleo com moedas fortalecidas e também encoraja o investimento em matérias-primas, que se tornam um refúgio para fundos que buscam destinos mais rentáveis perante a deterioração de outros mercados financeiros e das bolsas de valores.
A persistente desvalorização da moeda americana fez com que o barril de petróleo WTI finalizasse quatro das últimas cinco sessões acima dos US$ 100 e duas delas a
mais de US$ 102.
A perspectiva
de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não variará suas cotas atuais de produção na reunião que fará na quarta-feira também ajudou os preços do petróleo a se manterem em alta.
O ministro do Petróleo saudita, Ali Naimi, insistiu em entrevista à revista especializada PetroStrategies que nada justifica agora aumentar a produção, mas não quis precisar qual será a postura de seu país na reunião do dia 5 em Viena.
A alta dos preços do petróleo coincide também com uma escalada da tensão entre Colômbia e dois países vizinhos, Venezuela e Equador, todos membros da Opep.
Os operadores nova-iorquinos estão à espera de conhecer na quarta-feira os dados mais recentes de reservas de petróleo e de combustíveis armazenados nos Estados Unidos na semana passada, depois que as reservas aumentaram nas últimas sete semanas.
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