O porta-voz do Departamento de Proteção Ambiental de Pequim, Du Shaozhong, negou nesta quarta que a capital chinesa tenha mudado as estações de inspeção da qualidade do ar a fim de obter dados melhores que permitissem posteriormente divulgar uma imagem positiva dos preparativos da cidade para os Jogos Olímpicos. Du disse que todas as locações das estações de inspeção podem ser encontradas no site oficial do departamento.

– Trabalhamos de acordo com as regulamentações nacionais relativas, inspecionando quatro tipos de poluentes principais. Divulgamos os dados de inspeção ao público no nosso site onde se podem encontrar as localizações das estações e as estatísticas – declarou o porta-voz.

– Assim mesmo, não mudamos alguns postos que se localizam em áreas com grande trânsito – completou.

Entre 1998 e 2007, a quantidade de dióxido de enxofre no ar da capital chinesa caiu 60,8%, a do monóxido de carbono diminuiu 39,4%, enquanto o volume de dióxido de nitrogênio se reduziu em 10,8%, além de uma queda de 17,8% na densidade de partículas do ar, segundo Shaozhong.

Com exceção de partículas, outros índices preenchem os padrões nacionais, disse Du, acrescentando que a capital chinesa será ainda mais rigorosa na adoção de procedimentos para proteção ambiental a fim de reduzir a contaminação ao longo dos próximos meses, antes da realização dos Jogos Olímpicos em agosto.

Medidas para conter a poluição
 
Du comentou ainda que uma nova série de medidas serão adotadas este ano para conter a poluição do ar, como, por exemplo, tirar de circulação 2,3 mil carros, 1,5 mil ônibus e 2 mil táxis que não cumprem os padrões de emissão de poluentes. O departamento também continuará controlando emissões industriais das empresas poluidoras, tais como as dos setores químico, metalúrgico e de cimento, e exigindo que os moradores substituam o uso do carvão pela eletricidade.

As novas metas incluem reduzir poluentes em 50 mil toneladas este ano.

– Sob condições meteorológicas normais, a qualidade do ar durante a Olimpíada atenderá tanto o padrão nacional como o da Organização Mundial da Saúde – finalizou o porta-voz.