| 25/02/2008 17h48min
O presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF), Delfim de Pádua Peixoto Filho, vetou na tarde desta segunda-feira, em reunião realizada em Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina, a presença das torcidas organizadas em partidas na casa dos adversários.
A decisão foi motivada pelo episódio registrado em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, na tarde deste domingo, quando o torcedor do Tigre Ivo Costa, de 62 anos, foi atingido por uma bomba e precisou ter a mão amputada.
Na mesma reunião, que contou com órgãos de segurança pública e com representantes das torcidas, o promotor Andrey Amorim havia anunciado que iria solicitar a proibição das torcidas em jogos nos estádios adversários. A decisão passaria a valer já para o início do returno do Campeonato Catarinense, marcado para esta quarta-feira.
A resolução apenas permite a identificação do time em roupas, bandeiras e faixas para a torcida do clube mandante do jogo. A medida
drástica adotada em nome da paz nos
estádios provocou o protesto de representantes de torcidas organizadas e de alguns clubes presentes na sede da Federação.
O secretário Benedet disse que a medida é necessária e caracterizou como terrorista o torcedor que lançou uma bomba no Heriberto Hülse.
— Vamos tomar atitudes fortes para restabelecer a ordem nos estádios e as responsabilidades vão recair também sobre os dirigentes dos clubes — afirmou.
Junto com a proibição de fazer referência aos times que jogam fora de casa, a FCF exigiu aos líderes de torcidas organizadas que apresentem a lista completa e atualizada com a identificação de seus membros. A lista também será encaminhada à Polícia Militar e ao Ministério Público Estadual.
Torcedor do Tigre Ivo Costa, de 62 anos, foi atingido por uma bomba e precisou ter a mão amputada
Foto:
Flávio Neves
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