| 19/02/2008 15h08min
A governadora Yeda Crusius se reuniu na manhã desta terça-feira com o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, em Brasília, para pedir agilidade em projetos para o desenvolvimento do Estado por meio da energia. Yeda recebeu a confirmação de que o governo federal vai fazer estudos para localizar petróleo e gás em Pelotas, no sul do Estado. Yeda também discutiu o projeto da construção da usina hidrelétrica binacional de Garabi, em Garruchos, na fronteira com a Argentina, que ainda precisa de liberação de recursos e acordo final entre os dois países.
A governadora ainda reivindicou a ampliação da Companhia Riograndense de Mineração (CRM). São necessários R$ 160 milhões. Uma alternativa é a abertura de capital com participação acionária da Eletrobrás ou ainda concessão de uma linha de crédito especial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em entrevista à Rádio Gaúcha no início desta tarde, a governadora ressaltou a
importância da obra da usina de Garabi,
que tem capacidade de produção estimada de 1860 MW, pouco mais da metade do consumo atual do Estado, que é de 3400 MW. Segundo ela, o empreendimento modificará o mapa econômico e social das Missões, com geração de emprego, renda e capacitação técnica.
— Nós viemos expor todo um plano de desenvolvimento a partir do petróleo, do gás, do carvão, da energia eólica e da energia hidrelétrica. Voltamos com excelentes notícias. Agora, finalmente será feita a licitação para exploração nos 24 sítios da bacia de Pelotas e a Petrobras vai poder licitar. A energia é uma coisa cada vez mais cara. Com a nossa Sulgás e CEEE teremos um amplo parque de investimentos — destacou ela, lembrando que a bacia tem uma extensão de 210 mil quilômetros quadrados e se estende do sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai.
Recuperação do déficit do Estado
Depois das dificuldades enfrentadas com a crise nas finanças do Estado no ano
passado, Yeda disse que "2008 é o ano para começar
a colher".
— O ano de 2007 terminou bem porque as contas foram acertadas. Mostramos que podíamos zerar a diferença entre aquilo que a gente gasta e arrecada. O ano de 2008 já iniciou com a gente podendo ser mais normal e alegre. Estamos podendo vir a Brasília mostrando todo o conjunto de projetos de energia e de transportes e tudo o que impede o Rio Grande do Sul de crescer — explicou Yeda.
Para Yeda, o governo estadual conquistou a confiança do governo federal e está conseguindo liberação de recursos importantes para o desenvolvimento.
— Vamos reduzir pela metade o nosso déficit em 2008. Estamos trabalhando em várias áreas de forma integrada com o governo federal e recebendo verbas extras. Não é pouca coisa. No ano que vem, estará tudo em ordem no Estado. Conseguimos liberar fontes permanentes de conflito. Como líder do governo, eu sincronizei o que é interesse do governo com os da população gaúcha — disse ela.
Yeda destacou
que o próximo desafio para equilibrar as contas
públicas é a aprovação do regime de previdência no Estado o que, segundo ela, está próximo de ser concretizado:
— A primeira fonte de despesas que o Estado tem é com o servidor aposentado. Já tínhamos conseguido fazer em 2007 o fundo de garantia do aposentado. Só falta a gente discutir e aprovar o regime único de previdência do Estado, que é algo quase equacionado.
A governadora fará nesta tarde uma visita ao Congresso Nacional e deve ter ainda uma reunião com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, nesta quarta-feira.
Yeda discutiu com o ministro Lobão investimentos na área de energia no Estado
Foto:
Jefferson Bernardes, Palácio Piratini
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