A governadora Yeda Crusius tratará nesta terça-feira, em Brasília, de investimentos nas áreas de energia e infra-estrutura no Rio Grande do Sul. Além da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, ela se reunirá com os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e dos Transportes, Alfredo Nascimento. Segundo a Agência Piratini, a pauta integra a agenda estratégica do governo estadual para eliminar gargalos que impedem o desenvolvimento sustentado do Estado.

— São ações estruturantes, da maior importância para o Rio Grande do Sul, que espero buscar uma solução imediata junto ao governo federal — avalia a governadora.

Na pauta da energia, uma das questões mais importantes será a mobilização da região das Missões em torno das obras da Usina Hidrelétrica Binacional de Garabi, em Garruchos, na fronteira com a Argentina. Os prefeitos de Garruchos, Roque Gonzalez, Pirapó, Porto Xavier e São Luiz Gonzaga, além de deputados federais e estaduais, acompanharão a audiência com Lobão. Também serão debatidos, entre outros assuntos, as formas de financiamento para o plano de expansão da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), bem como a inclusão do carvão como alternativa energética brasileira. Yeda ainda solicitará ao ministro um marco regulatório para a comercialização de energia eólica.

Infra-Estrutura

Yeda tratará da federalização da RSC-471 Norte, trecho entre Soledade e a BR-287, que coincide com o traçado da BR-153, a chamada Transbrasiliana, planejada pela União. A duplicação da BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, e da BR-386, de Tabaí a Lajeado, que não constam do último relatório do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, também serão discutidas, entre outras questões pendentes, como a liberação de R$ 22 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a conclusão das obras da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia e a solicitação de R$ 20 milhões para remoção da Vila Floresta, permitindo a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

A governadora também deverá iniciar as tratativas para a redução da faixa de fronteira de 150 para 50 quilômetros, solicitando a supressão da redação que veda a aquisição de terras na área por empresa estrangeira. Há interesse na faixa por empreendimentos de geração de energia e de florestamento.

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