A opositora paquistanesa Benazir Bhutto morreu em conseqüência do impacto da explosão do atentado contra ela, segundo as conclusões de um relatório da Scotland Yard divulgado hoje, em Islamabad, que coincidem com a versão da polícia do Paquistão.

Segundo os investigadores britânicos, o golpe na cabeça recebido por Benazir foi a causa da morte, e não os tiros disparados pelo terrorista. O relatório, apresentado ao governo pela equipe de especialistas britânicos, foi divulgado pela missão diplomática do Reino Unido em Islamabad e explicado em entrevista coletiva pelo inspetor geral do Departamento Central de Investigação de Rawalpindi, Abdul Majeed.

"Todas as provas indicam que um suspeito atirou (contra Benazir) antes de detonar um explosivo", diz o relatório.

"A explosão causou um choque violento de sua cabeça contra a saída de emergência do veículo, o que causou um ferimento fatal na cabeça", acrescenta o relatório, assinado pelo detetive John MacBrayne.

As conclusões da Scotland Yard coincidem com as que a polícia paquistanesa ofereceu pouco depois do atentado, ocorrido em 27 de dezembro em Rawalpindi, cidade vizinha a Islamabad. No entanto, a família e o partido de Benazir rejeitaram essa versão e insistiram em que a opositora morreu em conseqüência dos tiros recebidos.