A líder da oposição paquistanesa Benazir Bhutto morreu em decorrência de um golpe na cabeça originado na explosão do atentado perpetrado por um suicida, e não por ferimentos de bala, segundo um relatório que revela hoje em seu site o jornal americano The New York Times.

O jornal publica parte das conclusões do documento que hoje deve ser divulgado pela Scotland Yard (polícia metropolitana de Londres), que trabalha junto às autoridades paquistanesas para esclarecer a causa da morte da ex-primeira-ministra. Bhutto foi assassinada em um atentado no dia 27 de dezembro, após participar de um comício na cidade paquistanesa de Rawalpindi, próxima a Islamabad.

Segundo o New York Times, "não está claro como os investigadores da Scotland Yard chegaram a essas conclusões sem uma autópsia e outras importantes provas" que foram retiradas por equipes de limpeza do local do atentado, no qual morreram outras de 20 pessoas.

O relatório da polícia britânica também estabelece que apenas um homem armado disparou contra Bhutto após a explosão, e não dois como em princípio tinham indicado as autoridades paquistanesas. Os especialistas britânicos passaram várias semanas no Paquistão em janeiro investigando o local do atentado, conversando com testemunhas e analisando a arma usada para matar Bhutto, com a missão de determinar qual foi a causa de sua morte.