| 24/01/2008 18h17min
As recentes descobertas da Petrobras na Bacia de Santos permitem ao Brasil vislumbrar uma auto-suficiência em gás natural, a exemplo do que já ocorre em petróleo, segundo o gerente-geral da Unidade de Negócios da Bacia de Santos da Petrobras, José Luiz Marcusso.
— Há um ano, diria que não era possível imaginar isso. Hoje, já podemos vislumbrar a auto-suficiência do gás — afirmou o executivo, em entrevista à imprensa realizada na sede da empresa em Santos, preferindo, porém, não arriscar uma data para isso acontecer, ressaltando que essa é uma estimativa muito difícil: — Quando os novos projetos estiverem melhor definidos, poderemos ter essa resposta.
Marcusso explicou que os projetos da Petrobras que integram o Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás) reduzirão a dependência brasileira quanto à importação do insumo. Dentro de quatro a cinco anos, a dependência das importações cairá dos atuais 50% para 35% a 30%, projetou. O Plangás prevê uma adição de 24
milhões de metros cúbicos
por dia à oferta de gás ainda neste ano. Segundo o gerente, a percepção de uma auto-suficiência no gás não decorre apenas da descoberta do campo de Júpiter, na Bacia de Santos, anunciada nesta semana. De acordo com ele, o fato da Petrobras ter encontrado novas reservas impulsiona a produção do insumo.
— A média é que a cada 100 mil barris por dia de óleo leve se extrai conjuntamente 3 milhões de metros cúbicos de gás. Na Bacia de Campos, onde o óleo é pesado, essa média fica entre 1,5 milhão a 1,8 milhão de metros cúbicos/dia de gás — explicou.
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