| 23/01/2008 18h03min
No futebol, nem sempre quem ataca mais e melhor é quem garante a vitória. Foi o São Paulo, bicampeão da competição, que teve mais posse de bola, volume de jogo, pressão no ataque, durante toda a partida realizada nesta quarta-feira, pela semifinal da Copa São Paulo, contra o Figueirense. Ao time catarinense, coube o destaque no exímio sistema defensivo e, principalmente, na boa marcação.
Com ou sem um comportamento ofensivo, o mais importante é que o resultado, para a alegria da torcida alvinegra, foi a conquista da inédita vaga na final da Copinha pelo Figueirense, que derrotou o favorito paulista, em Guarulhos, por 1 a 0, com gol de pênalti marcado por Marquinhos, aos 22 minutos do primeiro tempo.
A equipe de juniores do Figueirense nesta 39ª edição da Copinha fez história para o futebol catarinense. Em campo pela semifinal atuaram Gustavo, Luan (Júlio), Rafael Lima, Luís Eduardo e Massari; Ricardo, Édson Galvão, William e Luís Carlos (Roberto); Marcelo e Marquinhos (Jefferson).
Agora, a torcida alvinegra se prepara para as emoções da decisão do torneio, que será contra o Rio Branco (time de Americana, SP), no Estádio Nicolau Alayon, na capital paulista. A partida está agendada para as 10h da próxima sexta-feira, dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo e data comemorativa da competição.
O pênalti histórico
No começo do jogo, a superioridade do time paulista no sistema ofensivo surpreendeu os jogadores do Figueirense, que estavam assustados e erraram muitos passes.
Volume de jogo, posse de bola, pressão no ataque. Tudo isso foi protagonizado unicamente pelo São Paulo, fato que trazia a expectativa de que o favorito logo marcaria o gol e estaria mais próximo da vaga na final, em busca do tricampeonato.
Não foi bem assim. Com uma penalidade máxima marcada por Bruno Formigoni, capitão do São Paulo, em Marquinhos, o Figueirense teve a sua grande chance e não desperdiçou. Aos 22 minutos do primeiro tempo, foi Marquinhos mesmo quem cobrou: esperou o goleiro Leonardo decidir para qual lado cair e chutou a bola, no meio da rede adversária, marcando para o Figueira.
O São Paulo pressionou ainda mais. O Figueira, porém, ficou mais solto na marcação e foi este sem dúvida o grande diferencial do alvinegro. Se não atacou bem, não deixou o São Paulo ir além do desperdício de oportunidades e do placar zerado nos primeiros 45 minutos de jogo.
Segundo tempo e vaga na final
Apesar da euforia dos jogadores alvinegros, ainda seriam necessários mais 45 minutos segurando a onda do time paulista e, principalmente, marcando muito na defesa. A diferença entre os times, um ofensivo e outro defensivo, foi ainda mais aparente neste segundo tempo.
Não que o Figueira tenha atacado menos. O que aconteceu foi a superioridade do time catarinense na defesa. O goleiro Gustavo fez uma atuação impecável. Saía na hora certa, agarrava a bola com precisão, acompanhava a trajetória da bola com segurança de um jogador experiente. Foi o grande nome da partida.
Com um sistema defensivo atuante e bem posicionado, o Figueira não só segurou o time paulista como chegou aos 50 minutos (dados os 5 finais de acréscimo) "enrolando" o time paulista, trocando bola no meio-de-campo, brincando com o psicológico do adversário. Com o passar do tempo, o São Paulo ficava cada vez mais desesperado e perdia consideravelmente o volume de jogo apresentado no início da partida. Melhor para o Figueira.
Festa alvinegra
O apito do árbitro encerrando a semifinal e oficializando a vitória alvinegra foi simultâneo ao grito de alívio, satisfação e euforia de toda a equipe comandada pelo técnico Rogério Micalle. Não foi suficiente fazer história atingindo a semifinal da Copinha.
O Figueirense mostrou que tem muita força em seu time de juniores e conquistou o sonhado título de finalista da competição. Título este, que ainda pode se converter na taça de campeão.
Uma ótima oportunidade para a torcida do alvinegro catarinense comparecer e ajudar o Figueira, que já duelou contra seis times paulistas e encarou muito bem a pressão dos torcedores dos adversários.
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