| 21/01/2008 08h03min
Pode ter sido efeito da advertência quanto ao excesso de peso, feita ainda em Bento Gonçalves pelo técnico Vagner Mancini. Sábado, nos 3 a 0 contra o 15 de Novembro, no Olímpico, o lateral-esquerdo Anderson Pico voltou a exibir força nas divididas, velocidade nas arrancadas e precisão nos chutes, virtudes que haviam feito dele um inesperado titular em 2007. Foi o destaque da estréia no Gauchão.
Pico admite ter relaxado no final do ano passado. Descuidou da disciplina e foi punido com a reserva pelo técnico de então, Mano Menezes. Nas férias, excedeu-se nas calorias e nas noitadas.
– Nesse período, a gente esquece tudo – disse.
Nos primeiros dias da
pré-temporada, Anderson foi obrigado a ouvir ironias dos torcedores,
impressionados com o volume de sua cintura. Exigido pelo preparador físico Flávio de Oliveira, já havia emagrecido bastante na volta a Porto Alegre.
Contra o 15, além de ter criado o primeiro gol, em cobrança de falta, e de ter marcado o segundo, ainda se mostrou decisivo para a expulsão de Jacozinho. Foi por chutá-lo fora do lance que o meia da equipe de Campo Bom recebeu o cartão vermelho.
Atitude mais profissional
Mancini reiterou ter cobrado de Pico uma atitude mais profissional e um comprometimento com o projeto do clube para 2008.
– Não foi somente com ele. As cobranças são feitas em benefício dele próprio. É um jogador de muito potencial. Tem grande força muscular, é rápido, boa técnica, quando estiver bem ajudará ainda mais a nossa equipe – disse o técnico.
Por enquanto, não há rivais para Pico na disputa pela lateral-esquerda. O peruano Hidalgo segue tratando de
lesão no joelho esquerdo, e Bruno Teles, que passou por cirurgia há
seis meses, está na última etapa de recondicionamento físico.
– Quero ser a primeira opção – diz o lateral, que aproveita os treinos para aperfeiçoar as cobranças de falta.
Chances para os jovens
Não se trata do único jovem que receberá uma chance do treinador. Os zagueiros Wagner e Heverton e o lateral-direito Felipe Mattioni são outros jogadores que se beneficiam da política de Mancini de investir nas categorias de base.
– Não tenho medo de lançar jogadores. Hoje, com 18 anos, todos têm que estar prontos – afirmou.
Também é certo que Mancini não usará a desconfiança que recai sobre o seu time, ainda em fase de formação, como elemento motivacional. Sábado, perguntado se havia citado em sua preleção as críticas feitas pela imprensa, foi taxativo:
– Nunca entrarei com jornal no vestiário para motivar meus jogadores. Até porque não leio
jornal. Nada contra ninguém. É minha maneira de me manter sempre centrado.
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