A Petrobras e sua subsidiária Pesa investirão US$ 263 milhões na Bolívia em 2008, ficando atrás apenas da companhia hispano-argentina Repsol YPF e da seu filial Andina, com US$ 292 milhões, segundo um relatório oficial divulgado nesta quinta-feira. Os números são parte dos mais de US$ 1,35 bilhão programados para este ano por 12 empresas transnacionais e pela estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) em seus investimentos e custos operacionais.

O documento divulgado pela YPFB mostrou detalhes sobre a informação global adiantada horas antes em entrevista coletiva pelo presidente Evo Morales, pelo ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, e pelo chefe da estatal boliviana, Guillermo Aruquipa. A terceira maior investidora será a Chaco, filial do grupo British Petroleum, com um total de US$ 215 milhões. Depois, virão a argentina Pluspetrol, com US$ 84,8 milhões; a British Gas, com US$ 38,8 milhões; e a franco-belga TotalFinaElf, com US$ 38 milhões.

A coreana Dong Wong prevê investimentos e custos operacionais de US$ 15 milhões; a americana Vintage (Oxy), US$ 11,3 milhões; a Canadian Energy, US$ 6,6 milhões; e a argentina Matpetrol, US$ 1,2 milhão. No total, as empresas privadas deverão investir US$ 967 milhões, sendo US$ 876,5 milhões para o desenvolvimento dos campos de gás e petróleo e US$ 90,5 milhões para despesas operacionais.

Além disso, a estatal YPFB investirá de forma direta US$ 182,3 milhões em negócios e serviços do setor e mais US$ 36,3 milhões nas duas refinarias compradas da Petrobras no processo de nacionalização. Outros US$ 170,8 milhões serão investidos na ampliação da rede de gasodutos do país, administrada pela Transredes, filial da britânica Ashmore, segundo o relatório. Segundo o Governo boliviano, os valores prometidos por Petrobras e Petróleos de Venezuela (PDVSA) também para esta gestão podem levar os investimentos no setor em 2008 a mais de US$ 1,5 bilhão.