| 03/01/2008 20h24min
O governo da Bolívia afirmou nesta quinta-feira em entrevista a agências internacionais de notícias que não cumprirá seus contratos de venda de gás ao Brasil e à Argentina em 2008. Segundo o ministro de Energia do país, Carlos Villegas, serão marcadas reuniões nas próximas semanas para analisar uma possível solução para a falta do combustível para atender à demanda nesses mercados e ao consumo local.
De acordo com o ministro, que falou à imprensa junto com o presidente Evo Morales, no final deste ano o país vai produzir em média 42 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, mas a demanda interna e externa será de 46 milhões. Somente o Brasil, lembrou, estará consumindo 31 milhões de metros cúbicos por dia. Ele ainda afirmou que na recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a La Paz foi decidido que neste ano não serão enviados os pequenos volumes de gás contratados em Cuiabá nem à empresa Comgás, de São Paulo.
O contrato que será cumprido é o da
Petrobras, no qual está
previsto o envio dos 31 milhões de metros cúbicos diários de gás a São Paulo, pelo qual a companhia paga à Bolívia, atualmente, quase US$ 4,9 por milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica). A outra prioridade da Bolívia, disse Villegas, será atender seu mercado interno, que demandará entre 5,5 milhões e 6 milhões de metros cúbicos diários.
— O restante será enviado à Argentina — disse.
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