Renata Castro, diretora-médica da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), promete fazer grandes revelações em breve que devem mudar todo o curso do caso Rebeca Gusmão. Segundo a médica, sua reputação será limpa em pouco tempo, assim que ela resolver soltar tudo o que sabe.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Renata desmentiu que tivesse se afastado por motivos pessoais, como alegara logo após sua saída da CBDA.

– Foi o Coaracy (Nunes, presidente da CBDA) quem me demitiu. Sobre os motivos? É ele quem tem que me dizer – afirmou a médica, que estava na sala de controle de dopagem com Rebeca Gusmão no dia 18 de novembro.

Segundo Renata, ela espera apenas uma intimação do delegado que cuida do caso na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública, Dr. Marcos Cipriano, para contar tudo o que sabe. A médica pediu o afastamento um dia antes da divulgação do resultado positivo do exame antidoping de Rebeca, em 8 de novembro.

Do outro lado, Coaracy Nunes não quis comentar as declarações.

– Estou de saco cheio deste assunto. Não tenho nada para falar. Ela (Renata) que fale o que quiser – disse o presidente da CBDA, que será ouvido pela polícia nesta quinta-feira, às 14h junto com Francisco Radler, representante do laboratório que fez os exames antidopings dos Jogos Pan-americanos.

Caso Laura Azevedo

Nesta terça-feira, saiu a decisão da justiça favorável à CBDA no processo em que a ex-nadadora Laura Azevedo moveu contra o órgão no caso de seu banimento do esporte por ela ter se recusado a fazer um exame antidoping após uma etapa do Campeonato Carioca de 2005.

Na ocasião, Laura já havia sido condenada por doping em uma competição anterior, em um caso similar ao de Rebeca Gusmão, que também houve mostras de urina de pessoas diferentes que deveriam ser apenas da atleta. Desta forma, ela se recusou a fazer novo exame e foi banida do esporte. Segundo a ex-nadadora, o processo limparia sua imagem e provaria sua inocência, o que não aconteceu.