A nadadora Rebeca Gusmão, suspensa por doping e suspeita de fraudar um exame, afirmou que tem vontade de ficar ainda mais forte, caso volte a competir. Rebeca disse que, apesar do preconceito, gosta de ser musculosa.

- Há até um certo preconceito dos homens brasileiros em relação a essas coisas. Gosto de ser assim. Ninguém paga as minhas contas, não devo nada a ninguém. Quem quiser apoiar que apóie. Se voltar a competir, quero voltar até mais forte do que eu era – afirmou em entrevista à Folha de São Paulo.

- Faço 12 refeições por dia. Não tenho frescura. Se tiver que comer, como. Não tenho medo de engordar. Quem quiser ser alguma coisa tem que fazer tudo. Estou disposta a treinar mais, acordar mais cedo, ganhar peso.

Enquanto espera o julgamento do exame feito no ano passado, Rebeca também terá que prestar depoimento para a polícia, que investiga o caso de fraude em exame antidoping realizado durante o Pan.

Neste momento difícil de sua vida, a nadadora comemora apoio dos patrocinadores e familiares, mas confessa que poucos nadadores foram solidários até agora.

- Nunca tive muitas amigas na natação. Sempre tive colegas. Claro que tenho consideração por muita gente. As amigas continuam apoiando. A Mariana Brochado passou um final de semana aqui comigo. A Fabíola Molina mandou e-mail. A Naiara Ribeiro ligou. Também recebi telefonema da Shelda (vôlei).

Segundo informações do Globo Esporte.com, Rebeca já começa a avaliar a possibilidade de abandonar de vez as piscinas, caso seja banida do esporte.

- Já até amadureci a idéia. Mas sou uma pessoa que sempre pensa positivo. Claro que, se isso acontecer, tenho outras coisas para fazer. Quero terminar os estudos. E a vida continua. A vida de atleta não é para sempre. Uma hora a gente pára mesmo. Claro que parar dessa forma é pior.