| 26/11/2007 12h11min
A Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia iniciou na manhã desta segunda-feira a perícia no Estádio da Fonte Nova, em Salvador. O governo estadual quer saber as causas do acidente ocorrido domingo, em que sete pessoas morreram depois que uma arquibancada se rompeu, durante partida entre o Bahia e o Vila Nova. As vítimas caíram de uma altura de 15 metros.
– A estrutura do estádio no momento se mantém intacta o que aconteceu é que um pedaço da laje de mais ou menos 3 metros por 80 centímetros se rompeu. Isso é absolutamente inexplicável. Por isso a perícia técnica terá condições de explicar precisamente o porquê, se houve uma corrosão nas ferragens para que isso tenha acontecido – disse o secretário estadual de Esportes, Nilton Vasconcelos.
Segundo o secretário, não há um prazo definido para que saiam os resultados da perícia.
– Nesse momento estamos tentando agir com serenidade e esperar o resultado da perícia, até para apuração de responsabilidades. A Secretaria de Segurança Pública está empenhada. Nosso prazo é concluir o mais rápido possível, desde que não comprometa os resultados. Nós faremos novas reuniões e esses prazos vão ficar mais claros – explica.
Vasconcelos afirmou que a Secretaria de Esportes tinha garantias de que o estádio comportava 60 mil pessoas. Segundo o secretário, antes do inicio de cada campeonato são feitas vistorias obrigatórias no estádio.
– Nós temos um laudo do final do ano passado e mesmo assim este ano nós interditamos 75% do estádio. À medida que foram feitas reformas nas ferragens, nós fomos liberando, até que em meados deste ano liberamos a totalidade das 60 mil vagas – disse.
A partida em que ocorreu o acidente seria a última do ano na Fonte Nova. Pelo menos 60 mil torcedores comemoravam a ascensão do Bahia à série B do Campeonato Brasileiro. No fim do jogo, o estádio ainda foi invadido por mais torcedores.
A Fonte Nova foi vistoriada pela delegação da Fifa antes de o Brasil ser escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014. Vasconcelos disse que à época o governo baiano pensou em três alternativas para que Salvador pudesse sediar o evento:
– Uma seria a construção de um estádio novo em outro local. As outras duas seriam no mesmo local, ou a reconstrução do Fonte Nova, envolvendo a sua demolição, ou uma reforma estrutural como foi feito em outros estádios do país.
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